Economia
Metade dos empreendedores brasileiros vai investir em tecnologia após a pandemia
Segundo levantamento da Serasa Experian, objetivo é potencializar a venda online, atendimento remoto e ter uma gestão financeira melhor.
Uma pesquisa feita pela Serasa Experian revelou que 5 em cada 10 empreendedores brasileiros pretendem investir em tecnologia após a pandemia. O objetivo segundo 505 executivos de pequenas e médias empresas (PMEs) é potencializar as vendas.
O levantamento aconteceu no período de 25 de maio a 9 de junho, foram entrevistados empreendedores dos setores de serviços, comércio varejista, atacadistas e indústria, que atendem o consumidor final e/ou outras empresas.
Olhando para as prioridades de investimento no pós-pandemia, os empreendedores consultados destacaram:
- Investir em tecnologias para vender remotamente (47,1%)
- Investir em trabalho e atendimento remoto (41,2%)
- Investir em Gestão Financeira (34,1%)
- Investir em tecnologias para evitar fraude e inadimplência (18,2%)
- Investir em Segurança cibernética (15,6%)
Analisando as preferências por setor, o comércio é o mais interessado em soluções digitais, que permitam a venda de produtos remotamente, opção escolhida por 57,4% dos entrevistados. Outra prioridade deste segmento foi a gestão financeira com 35,3% dos empreendedores.
Venda online se fortalece
Segundo Cleber Genero, vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas e Identidade Digital da Serasa Experian, a pandemia permitiu que os empreendedores identifiquem o que é realmente benéfico para seus negócios. “Um destes pontos foi a aceleração das vendas online que trouxe vantagens para os negócios, ajudando estes a se manter ou crescer”, apontou em nota.
De acordo com a pesquisa, 85,8% dos empreendedores entrevistados tiveram esta percepção, destes, 63% enxergam que a venda online trouxe melhorias para seus negócios.
Os principais canais de oferta de produtos e serviços são as redes sociais, já os marketplaces perderam espaço em junho deste ano, provavelmente pela adaptação dos empreendedores a outros canais de venda, aponta Genero.
Organização financeira se fortalece
Outro aprendizado da crise foi a necessidade de ter as contas da empresa em ordem e criar uma reserva financeira, situação perceptível em 34,1% dos entrevistados que pretendem investir em gestão financeira após a pandemia.
Em media, 67,2% dos empreendedores afirmam ter sentido os impactos da crise em 2021, os mais pressionados foram os setores de comércio e serviços.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, esses impactos negativos ocorreram pelo aumento nos preços das matérias-primas e a falta de insumos, que impactou no custo de produção, que foi repassado para os empreendedores.
Segundo Rabi, as finanças das pequenas e médias empresas ainda não se estabilizaram e a percepção do tempo de retomada aumentou.
Se no passado a maioria dos empreendedores acreditava que recuperaria o patamar pré-pandemia em até 6 meses, hoje a perspectiva é que a recuperação aconteça entre 6 meses e um ano.
Embora dados macroeconômicos sejam mais otimistas, com a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 5,29% em 2021, segundo o último Boletim Focus, Rabi destaca que esta realidade não se aplica aos pequenos e médios empresários que ainda devem levar um tempo para sentir os sinais da recuperação.
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