Economia

Open banking: veja quais investimentos entram na 4ª e última fase

Nesta etapa final, será possível trocar informações entre instituições financeiras sobre investimentos, seguros, previdência privada e câmbio.

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Começa a partir desta quarta-feira (15) a quarta e última fase do open banking, sistema de compartilhamento de dados financeiros do Banco Central. Nesta última etapa, chamada de open finance, será possível trocar informações entre instituições financeiras sobre investimentos, seguros, previdência privada e câmbio. Entenda o que é open banking e como vai funcionar.

O sistema já acumula mais de 1 milhão de autorizações de clientes para compartilhamento de seus dados bancários, segundo o Banco Central (BC). Um dos primeiros a “abrir o sistema financeiro” no mundo, o Reino Unido precisou de dois anos para alcançar essa marca – o Brasil conseguiu em quatro meses.

Na terceira fase do open banking, que entrou em vigor no último dia 29 de outubro, as instituições financeiras passaram a poder compartilhar informações sobre serviços de transferência via Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do BC.

O que muda na quarta fase do open banking

A última fase do open banking (open finance) será dividida em duas partes. Neste primeiro momento, haverá apenas o compartilhamento dos produtos ofertados pelas instituições financeiras, incluindo taxas e condições. Isso deve facilitar a comparação entre os serviços pelo cliente.

Veja abaixo a lista dos produtos financeiros incluídos nesta fase:

  1. Certificado de Depósito Bancário  (CDB);
  2. Recibo de Depósito Bancário (RDB);
  3. Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
  4. Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
  5. Cotas de fundos de investimento;
  6. Títulos públicos federais disponibilizados pelo Tesouro Direto;
  7. Ações;
  8. Cotas de fundos de índices listados em bolsa de valores;
  9. Debêntures;
  10. Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI);
  11. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA)

A partir de 31 de maio de 2022, o usuário também vai poder partilhar seus próprios dados de investimento, seguros, previdência privada e câmbio, se for do seu desejo.

Isso vai permitir, por exemplo, que um banco X veja que a taxa de remuneração cobrada pelo banco Y de um determinado cliente está muito alta ou não dá o retorno adequado ao perfil, e ofereça a ele um plano mais vantajoso.

“O modelo brasileiro de open banking envolve o maior escopo do mundo, incluindo desde o início da implementação de dados sobre crédito”, diz o diretor de Regulação do BC, Otávio Dâmaso.

O compartilhamento das informações financeiras dos clientes no open banking, que acontecerá em um momento posterior, só poderá ser feito mediante autorização expressa.

A iniciativa do BC, que pretende aumentar a competitividade no sistema financeiro, começou em fevereiro. De lá para cá, já são mais de 700 instituições participantes e 51 milhões de conexões, que são as “chamadas” entre as instituições participantes para troca de informações.

O que é open banking

open banking, ou sistema financeiro aberto, é um conjunto de práticas e tecnologias que permitem o compartilhamento das informações de um cliente entre instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central (BC).

A medida surge na linha de inovações da Agenda BC#, que tem como pilares a inclusão financeira, competitividade e transparência. A expectativa do BC é que o Open Banking crie um o ecossistema financeiro mais competitivo e eficiente entre as instituições, além de possibilitar a criação de novos modelos de negócio e serviços que beneficiam o consumidor.

O Brasil não é o único país a pensar um sistema financeiro aberto: ao redor do mundo, países como Austrália, México, Japão e Singapura caminham em direção ao Open Banking. Além disso, o Reino Unido concretizou sua implementação em 2018.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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