As potências econômicas do G7 concordaram na semana passada em explorar a proibição ao petróleo russo que for vendido acima de um determinado preço, com o objetivo de limitar a capacidade de Moscou de financiar sua invasão da Ucrânia, a qual Moscou descreve como uma “operação especial”.
“Um teto de preço de 50-60 dólares por barril provavelmente serviria aos objetivos do G7 de reduzir as receitas do petróleo para a Rússia, garantindo que os barris continuem a fluir”, disse o banco.
“O risco mais óbvio e provável” é a Rússia não cooperar e retaliar com uma redução das exportações de petróleo, disse, acrescentando que Moscou pode cortar a produção em até 5 milhões de bpd “sem prejudicar excessivamente seu interesse econômico”.
“Dado o alto nível de estresse no mercado de petróleo, um corte de 3,0 milhões de bpd poderia fazer com que o preço global do Brent saltasse para 190 dólares por barril, enquanto no pior cenário, um corte de 5 milhões de bpd poderia levar o preço do petróleo a estratosféricos 380 dólares o barril”, disse o J.P. Morgan.
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse na semana passada que as tentativas de limitar o preço do petróleo russo podem levar a um desequilíbrio no mercado e elevar os preços.
O JP Morgan também estipulou cenários alternativos nos quais a China e a Índia não cooperam com o G7 no teto de preços, ou a Rússia redireciona totalmente as exportações do oeste para o leste, mas perde poder de precificação.