Os preços do café arábica, a variedade preferida por redes como a Starbucks para cafés especiais, subiram até 4,1%, para a máxima histórica de US$ 4,3795 a libra-peso. Os contratos futuros haviam estabelecido o recorde anterior de US$ 4,2995 a libra-peso em fevereiro, devido aos crescentes temores de que o maior produtor, o Brasil, que já exportava menos grãos, seria ainda mais afetado pelo clima adverso.
Os contratos futuros subiram cerca de 50% desde o início de agosto, com as tarifas americanas e uma estrutura de mercado invertida, na qual o contrato atual é precificado com um prêmio em relação aos contratos futuros, mostrando a forte alta dos preços ao estimular uma redução dos estoques em armazéns monitorados pela bolsa.
Estoques de café
Estoques em geral estão no nível mais baixo desde o início de 2024, contendo a menor participação de grãos brasileiros já registrada.
“Os participantes do mercado, desde importadores até torrefadores de pequeno e grande porte, estão mantendo quantidades muito pequenas de estoque, colocando os suprimentos de curto prazo em “alta demanda”, disse Sam Klein, comprador de café verde da Partners Coffee.
A torrefadora sediada em Nova York vem “assumindo posições de menor prazo em todos os lugares e tentando não correr o risco de ter, digamos, um contêiner registrado que será enviado em três meses de uma origem onde, em qualquer dia, pode haver alguma disputa política”, disse Klein.
“Estamos em uma situação em que basicamente todas as torrefadoras dos Estados Unidos estão apenas esperando para ver quando haverá um mercado melhor para travar a compra de café”, disse Klein. “Mesmo que as pessoas não estejam se sentindo bem com a direção que o mercado tomará, também não é nada bom fechar a compra de um ano inteiro de café em um nível historicamente alto.”
As tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump sobre os grãos brasileiros entraram em vigor em agosto, e o comércio de café entre os dois países está praticamente estagnado desde então.
As indústrias de café de ambos os lados da fronteira têm pressionado pela suspensão dessas tarifas.
Enquanto isso, o presidente dos EUA também ameaçado novas taxas sobre a Colômbia no último fim de semana.
Os dois países são os maiores fornecedores de café para os EUA, o que pode causar ainda mais problemas de preço para os consumidores americanos que já pagam preços recordes do café.