Uma medida do risco-país caminhava para fechar no maior nível em dois anos nesta terça-feira (14), depois de registrar na véspera a maior alta desde março, alavancada pela aversão global a risco.
O custo de proteção contra calote da dívida soberana brasileira mensurado pelo Credit Default Swaps (CDS) de cinco anos foi nesta terça a 270,18 pontos-base –patamar que, mantido até o fechamento, seria o maior desde 11 de junho de 2020, quando o mundo ainda lidava com os choques da pandemia em plena disseminação.
Nas últimas 12 sessões (incluindo esta), o CDS subiu em 11, acumulando alta de 49,75 pontos-base. Na segunda-feira, o prêmio saltou 14,87 pontos-base, maior aumento diário desde 21 de março (15,97 pontos-base).
Nos atuais patamares, essa medida do risco-Brasil está alinhada ao spreads de Colômbia e África do Sul, mas bem acima dos atribuídos a México (em torno de 164,6 pontos-base) e Chile (110 pontos-base).
Em junho, o CDS brasileiro sobe quase 48 ponto-base, que seria a maior elevação mensal desde março de 2020 (130,19 pontos-base), quando a pandemia de Covid-19 foi declarada.
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