Habemus papam. O americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, é o novo papa da Igreja Católica e adotou o nome de Leão 14. A fumaça branca indicativa da nova eleição apareceu na chaminé da Capela Sistina às 13h07 desta quinta-feira (8).
Pouco mais de uma hora depois, às 14h14, Dominique Mamberti, que ocupa o cargo de protodiácono (o mais antigo cardeal da Ordem dos Diáconos), apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para proferir a clássica expressão “Habemus papam” (“temos um papa”) e anunciar o nome do novo eleito.
Leão 14 se tornou o 267º papa da Igreja Católica, depois de Francisco, que morreu em 21 de abril. O nome adotada pelo novo papa é um dos mais comuns na história de pontífices, atrás de João, Gregório e Bento, e empatado com Clemente.
Ele nasceu em Chicago, nos EUA, mas trabalhou durante muitos anos no Peru. Ele foi promovido a cardeal pelo próprio Francisco.
A bagunça financeira do Vaticano
Um dos desafios do novo pontífice é lidar com um quebra-cabeça financeiro para arrumar as contas do Vaticano.
Por mais de uma década, o papa Francisco lutou para trazer alguma transparência ao balanço obscuro do Vaticano.
Em setembro passado, Francisco emitiu uma carta exigindo que o Vaticano estabelecesse um cronograma rigoroso para alcançar um regime de “déficit zero“. Algumas semanas depois, ele assinou outra carta, alertando que o sistema de pensão atual sofria de “um grave desequilíbrio prospectivo”, e previu que o Vaticano teria que tomar “decisões difíceis”.
Nas suas últimas semanas de sua vida, assessores entravam e saíam de sua sala de recepção austera, apresentando os detalhes de um microestado repleto de tesouros inestimáveis, mas cada vez mais endividado. O déficit orçamentário havia triplicado desde que o argentino assumiu o cargo, e o fundo de pensão tinha quase 2 bilhões de euros em passivos que não conseguiria cobrir.
Porém, Francisco morreu antes que qualquer decisão substancial pudesse ser tomada.