Finanças
Ação do Itaú avança em ranking e é a segunda mais recomendada para outubro
É o que mostra levantamento do InvestNews com 12 carteiras de bancos e corretoras; Vale segue como ativo mais indicado.
A ação do Itaú Unibanco (ITUB4) avançou em ranking de levantamento feito pelo InvestNews com 12 carteiras recomendadas por bancos e corretoras e é o segundo ativo mais indicado para o mês de outubro, ao lado da PRIO (PRIO3).
Para este mês, a ação do banco recebeu a mesma quantidade de indicações obtidas em agosto e setembro, 5, porém, avançou no ranking do levantamento. No mês de agosto, o papel ficou em quarto lugar. Em setembro, ocupou a terceira posição do ranking.
A ação da PRIO também recebeu 5 recomendações em outubro, uma a menos que em setembro e em agosto. Com isso, o ativo também ocupa o segundo lugar entre as ações mais indicadas em outubro, de acordo com o levantamento, mantendo a posição já conquistada no mês passado.
Na sequência, aparecem Petrobras (PETR3, PETR4) e Eletrobras (ELET3, ELET6), com quatro recomendações cada.
A ação da Vale (VALE3), por sua vez, segue como a mais indicada por analistas, de acordo com o levantamento. Apesar da liderança no ranking, o papel da mineradora recebeu oito indicações em outubro, uma a menos do que em setembro e em agosto.
O ranking do InvestNews considera a somatória das ações mais recomendadas pelos especialistas e acompanha mensalmente as recomendações dos seguintes bancos e corretoras:
- Ágora
- Ativa
- BB Investimentos
- BTG Pactual
- Genial
- Guide
- Inter Invest
- Mirae Asset
- ModalMais
- Nova Futura
- Órama
- Terra Investimentos
Vale
A ação da Vale foi recomendada em outubro pela Órama, Ativa Investimentos, Ágora Investimentos, Inter Invest, Nova Futura, Terra Investimentos, Mirae e BTG Pactual.
A Nova Futura destacou em relatório que, “graficamente, a ação iniciou movimento de recuperação e tem espaço para a alta, e pode se beneficiar com anúncios de estímulos à economia chinesa”.
Já o Inter Invest apontou que os volumes observados de produção siderúrgica na China mostram um patamar mais elevado que o observado ao longo de todo 2022, apesar da demanda interna ainda mostrar sinais de fraqueza.
Segundo o banco, isso leva a entender que, mesmo com menor consumo, a produção segue acelerada atendendo às maiores exportações.
“Os sinais de que a economia chinesa possa estar finalmente estabilizando abrem oportunidade para recuperação do papel, que tem sido pressionado pela deterioração das projeções desde o início do ano”, apontou o Inter Invest.
Itaú Unibanco
A ação do banco recebeu indicações da Órama, Ativa Investimentos, Nova Futura, Mirae e BTG Pactual.
O BTG optou manter o Itaú entre suas ações recomendadas neste mês, destacando que o Itaú reportou resultados sólidos no segundo trimestre, com a qualidade do ativo sob controle e índices de capital fortes, que levarão, segundo o banco, a uma proporção de payout maior já no segundo semestre.
“Com 21% de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), o Itaú continua superando seus pares privados por uma ampla margem, o que esperamos que continue nos próximos anos, levando a uma expansão de múltiplos em comparação com outros bancos incumbentes”.
BTG PACTUAL
Para a Nova Futura, a recomendação da ação do Itaú tem como motivo o fato de o banco ser a empresa mais estável no seu setor e que vem apresentando resultados que agradaram ao mercado. Além disso, segundo a corretora, graficamente, a ação ainda se figura em uma tendência de alta.
PRIO
A petroleira recebeu recomendações da Ativa Investimentos, Ágora, Nova Futura, Genial e Mirae.
Embora recomendada em outubro, a Ativa Investimentos optou por reduzir a participação de PRIO em sua carteira, após o papel avançar mais de 2,6% em setembro, realizando, assim, uma parte do Alfa conquistado com a alocação.
Já a Nova Futura destacou que a PRIO vem diversificando seus campos de produção e pode se beneficiar também de um ambiente de alta do petróleo.
Além disso, segundo a corretora, graficamente, a ação da PRIO segue em tendência de alta.
Eletrobras
O papel recebeu recomendações da Ágora, Terra Investimentos, Genial e BTG Pactual.
O BTG destaca que a Eletrobras enfrentou uma série de eventos desfavoráveis, como Angra 3, renúncia de CEO e o contínuo debate sobre o limite de votação. No entanto, o banco diz acreditar que a maioria desses pontos negativos (e preços de energia menores) parecem estar precificados neste momento.
Para o banco, apesar da recente saída do CEO da Eletrobras, a empresa parece ter estabelecido as bases para seu plano de reestruturação e apresentou resultados muito bons no segundo trimestre.
Petrobras
A ação da estatal recebeu recomendações da Ativa Investimentos, Mirae, BB Investimentos e BTG Pactual.
O BTG Pactual optou por manter a ação da estatal entre suas recomendações por considerar que os riscos associados à Petrobras são menores hoje, e a decisão de aumentar os preços dos combustíveis em agosto sinalizou o fim de um dos últimos motivos para a longa postura cautelosa do banco sobre as ações.
“Subestimamos os mecanismos de defesa oferecidos pelo aprimorado estatuto da Petrobras, bem como a proteção da lei das estatais. Agora, acreditamos (e esperamos) que a alocação de capital da Petrobras não pode ser tão facilmente modificada, protegendo os resultados, preservando seu balanço enxuto e melhorando a visibilidade de que os dividendos permanecerão fortes por mais tempo”.
btg pactual.
O BTG ainda disse acreditar que a Petrobras, em breve, atingirá os limites superiores de sua reserva de lucro, conforme estabelecido em seu estatuto. Assim, segundo o banco, a menos que crie uma reserva estatutária para alocar a forte geração de caixa esperada para o segundo semestre de 2023, a companhia terá que pagar mais do que o estipulado em sua política de dividendos (45% do fluxo de caixa menos capex).
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