Finanças
Rede D’Or conquista em agosto vice-liderança entre ações mais recomendadas
É o que mostra levantamento do InvestNews com 12 carteiras de bancos e corretoras; Vale segue como ativo mais indicado.
A ação da Rede D’Or (RDOR3) ganhou recomendações na passagem de julho para agosto, ocupando, assim, o segundo lugar dos ativos mais indicados para o mês. É o que mostra levantamento feito pelo InvestNews com 12 carteiras recomendadas por bancos e corretoras.
Em agosto, o papel da operadora independente de hospitais do Brasil recebeu sete indicações, ficando em segundo lugar no ranking do levantamento. Em julho, a ação havia recebido quatro recomendações, ocupando o terceiro lugar entre os ativos mais indicados.
No mesmo movimento, a PRIO (PRIO3) também avançou em recomendações neste mês, ganhando seis indicações, três a mais que julho, quando ficou como a quarta ação mais recomendada para aquele mês. Em agosto, o papel da petroleira ocupou o terceiro lugar no ranking das ações mais indicadas.
Na sequência aparece a ação do Itaú Unibanco (ITUB4), com seis indicações para agosto, duas a mais que as quatro recebidas no mês passado, quando ocupou o terceiro lugar das recomendações.
Já a ação da Vale (VALE3) seguiu em agosto como a mais recomendada por analistas, segundo o levantamento. Neste mês, o papel da mineradora recebeu nove indicações, duas a mais que em julho, quando também ocupou o primeiro lugar das indicações.
O ranking do InvestNews considera a somatória das ações mais recomendadas pelos especialistas e acompanha mensalmente as recomendações dos seguintes bancos e corretoras:
- Ágora
- Ativa
- BB Investimentos
- BTG Pactual
- Genial
- Guide
- Inter Invest
- Mirae Asset
- ModalMais
- Nova Futura
- Órama
- Terra Investimentos
Vale
A ação da Vale foi recomendada em agosto pela Órama, Guide Investimentos, Ativa Investimentos, Ágora Investimentos, Nova Futura, Terra Investimentos, Genial Investimentos, BB Investimentos e Mirae.
O BB Investimentos apontou que, nos resultados do segundo trimestre de 2023, a Vale mostrou um avanço operacional em produção e uma melhora nas vendas em relação ao primeiro trimestre, mas trouxe também o efeito da queda no preço das commodities que prejudicou o balanço no comparativo anual.
“No entanto, a companhia segue buscando elevar o retorno ao acionista, tanto que vai recomprar ações como via pagamento de proventos, após anunciar o equivalente a R$ 1,91/ação a serem pagos em JCP em setembro. O risco de curto prazo segue sendo a falta de estímulos relevantes por parte da China para estimular o setor imobiliário e, consequentemente, a demanda e o preço das commodities metálicas”, cita o BB.
A Terra Investimentos destacou que o minério de ferro na China deve manter o cenário volátil, enquanto o governo do gigante asiático continua analisando políticas de estímulos que tendem a aumentar a demanda pelo produto. Ainda assim, segundo a Terra, a expectativa é de retomada para níveis históricos da demanda do aço.
“A empresa continua apresentando resultados operacionais fortes, apesar das últimas revisões de produção. Outro fator de longo prazo, é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que, no longo prazo, deve gerar maior demanda por metais para reposição de armamento bélico. O minério de ferro é uma commodity que foi muito usada na reconstruções de países afetados por guerras no passado”, avalia a Terra Investimentos.
Rede D’Or
O papel da empresa foi recomendado em agosto pela Órama, Guide Investimentos, Ágora Investimentos, Modal, Nova Futura, BB Investimentos e BTG Pactual.
O BB Investimentos recomenda a ação da Rede D’Or na expectativa de que a operação de hospitais apresente resultados mais “normalizados” ao longo do ano – ou seja, sem a constante alteração de mix de atendimentos que causaram perda de alavancagem operacional em alguns trimestres dos últimos anos, devido aos diferentes momentos da pandemia.
O BB destaca ainda que, além de seguir construtivo com a tese de investimentos da Rede D’Or no longo prazo, o recente movimento de fechamento da curva de juros e a proximidade do início do ciclo de corte de juros favorecem ativos mais ligados ao cenário doméstico.
Já o BTG Pactual optou por manter o papel da Rede D’Or entre as recomendações pelo fato de as razões que levaram à sua inclusão há dois meses na carteira ainda serem amplamente válidas.
Entre os fatores sustentam a decisão do BTG de de manter a recomendação da empresa estão:
- Perfil de long duration;
- Momento de resultados sólidos;
- Recuperação sequencial nos negócios da SulAmérica;
- Momento técnico positivo.
“No geral, negociando a 22,5 vezes Preço/Lucro ajustado para 2024, a Rede D’Or apresenta uma oportunidade de investimento atraente, combinando uma história de recuperação nos negócios de seguros com um sólido potencial de crescimento no segmento hospitalar”, avalia o BTG.
PRIO
A ação da petroleira foi recomendada em agosto pela Órama, Ativa Investimentos, Ágora Investimentos, Inter Invest, Genial Investimentos e Mirae.
O Inter Invest destacou que o bom desempenho da economia americana, a reabertura da economia chinesa e cortes de produção da OPEP+ trazem diferentes tipos de propulsão ao preço.
“Entendemos que a PRIO é o melhor case para surfar esse momento. É uma empresa que tem boa alavancagem operacional, vem entregando bons resultados e, com sua recente
aquisição, Albacora, acreditamos que os resultados devem alavancar vertiginosamente”, estima o Inter.
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Itaú Unibanco
Neste mês, a ação do banco foi recomendada pela Ativa Investimentos, Ágora Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual e Mirae.
O BB Investimentos destacou que o segmento bancário teve performance fraca em bolsa de valores comparado com nomes mais ligados a commodities, e com o Itaú não foi diferente.
Apesar de permanecerem cautelosos quanto a bancos em geral, BB optou por manter o Itaú na carteira dado o perfil equilibrado entre pessoa física, pessoa jurídica, grandes empresas e varejo alta renda da carteira de crédito, “o que lhe atribui resiliência, incluindo expansão das receitas de serviços em bom ritmo em meio a um mercado de crédito restritivo”.
O BTG Pactual optou por manter Itaú entre as recomendações por ver o banco como o premium do Brasil e que o recente investor day reforçou a visão de que o Itaú está liderando a transformação digital entre os bancos incumbentes no Brasil.
“Esperamos que o Itaú apresente resultados sólidos no próximo trimestre e acreditamos que há espaço para o banco aumentar o pagamento de dividendos neste ano, o que poderia ser um catalisador para a ação”, destaca o BTG.
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