Finanças

TOTVS ganha indicação e se mantém entre ações mais recomendadas

Levantamento do InvestNews acompanha 12 carteiras de bancos e corretoras.

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A TOTVS (TOTS3) avançou em número de recomendações em julho e manteve a vice-liderança na lista das ações mais recomendadas por analistas. É o que mostra levantamento feito pelo InvestNews com 12 carteiras recomendadas por bancos e corretoras. 

Para julho, o papel da empresa de desenvolvimento de sistema de gestão recebeu 5 indicações. Em junho, foram 4 recomendações, deixando naquele mês a empresa também no segundo lugar no ranking.

Já a ação da Vale (VALE3) seguiu em julho como a mais recomendada por analistas, segundo o levantamento. O papel da mineradora recebeu 7 indicações, uma a mais que em junho, quando também ocupou o primeiro lugar das indicações.

Na sequência, aparecem as ações do Itaú Unibanco (ITUB4), Gerdau (GGBR4), Banco do Brasil (BBAS3), Arezzo (ARZZ3) e Rede DOr (RDOR3) empatadas em terceiro lugar, cada uma com 4 recomendações.

Posteriormente, Copel (CPLE3), Eletrobras (ELET3), Lojas Renner (LREN3), Petrobras (PETR4 e PETR3), PRIO (PRIO3), Sabesp (SBSP3), Assaí (ASAI3) ocupam o quarto lugar do ranking, empatadas com 3 recomendações cada.

O ranking do InvestNews considera a somatória das ações mais recomendadas pelos especialistas e acompanha mensalmente as recomendações dos seguintes bancos e corretoras:

  • Ágora
  • Ativa
  • BB Investimentos
  • BTG Pactual
  • Genial
  • Guide
  • Inter Invest
  • Mirae Asset
  • ModalMais
  • Nova Futura
  • Órama
  • Terra Investimentos

*A Toro Investimentos informou que deixou de divulgar sua carteira a partir de janeiro de 2023. Já a NuInvest divulgou a última seleção de ativos em março e não terá mais a lista.

Vale

A ação da Vale foi recomendada em julho pela  Órama, Guide Investimentos, Ativa Investimentos, Ágora Investimentos, Nova Futura, Terra Investimentos e Mirae.

A Terra Investimentos destacou que o minério de ferro na China deve manter o cenário volátil, enquanto o governo do gigante asiático continua analisando políticas de estímulos que tendem a aumentar a demanda pelo produto. Ainda assim, segundo a Terra, a expectativa é de  retomada para níveis históricos da demanda do aço. 

“A empresa continua apresentando resultados operacionais fortes, apesar das últimas revisões de produção. Outro fator de longo prazo, é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que no longo prazo deve gerar maior demanda por metais para reposição de armamento bélico. O minério de ferro é uma commodity que foi muito usada na reconstruções de países afetados por guerras no passado”, avalia a Terra Investimentos. 

Já a Guide Investimentos ressalta que a Vale está envolvida em projetos de exploração mineral greenfield em seis países e opera um sistema de logística no Brasil e no mundo integrados a suas operações de mineração, permitindo, assim, entrega de seus produtos em diversos países. 

TOTVS

Espaço de experiências da TOTVS. Crédito: TOTVS/Divulgação

A ação TOTS3 recebeu recomendações neste mês da Guide Investimentos, Ativa Investimentos, Ágora Investimentos,Terra Investimentos e Genial Investimentos.

A Terra Investimentos ressalta que a posição de caixa líquida da TOTVS apoia suas fusões e aquisições, sendo também potenciais catalisadores de suas ações.

“A tese de corte na taxa de juros para o segundo semestre é importante para o setor de tecnologia e deve ser monitorado pelo custo de capital”, diz a Terra.

A Guide destacou em relatório que um dos pontos positivos da TOTVS é o propósito que a companhia tem de “simplificar o mundo dos negócios”, desenvolvendo, comercializando e implementando ferramentas e plataformas tecnológicas com soluções especializadas.

Arezzo

Calçados em loja de marca da Arezzo em Nova York, EUA 19/03/2016 REUTERS/Brendan McDermid

O papel da varejista foi recomendado em julho pela Guide Investimentos, Nova Futura, BTG e Ágora Investimentos.

O BTG destacou em relatório que, apesar de desempenho superior ao do setor nos últimos dois  anos e a desaceleração esperada na receita nos próximos trimestres, bem como alguma pressão na rentabilidade vinda das operações Estados Unidos, a Arezzo ainda segue como uma das principais teses do varejo, refletindo:

  • Expansão resiliente no mercado local, impulso nada por crescimento do comércio eletrônico e multicanal nos próximos anos, bem como um crescimento mais rápido e retomada do consumo na sclasses de renda mais alta;
  • Adição no portfólio de marcas como Vans e Reserva, com oportunidades adicionais de M&A e licenciamento.

A Guide Investimentos avalia que, com um modelo de negócios inteligente, a companhia consegue apresentar uma eficiência operacional muito competitiva, reduzindo necessidade de constantes investimentos e casualidades de SG&A e maximizando retorno a seus acionistas. 

“Vale ressaltar o ritmo de aquisições e parcerias firmadas pela companhia nos últimos meses, especialmente voltadas a uma maior digitalização e “multicanalidade” nos canais de vendas do portfólio, o que nos torna otimista quanto às expectativas de crescimento orgânico”.

GUIDE INVESTIMENTOS

Gerdau

A ação da Gerdau recebeu em julho recomendações da Terra Investimentos, Mirae, BTG e BB Investimentos.

A Terra Investimentos acredita que a Gerdau deva apresentar recuperação de margem no Brasil ao longo de 2023, com espaço para aumento nos preços de aços longos no Brasil, já que os preços domésticos estão sendo negociados com um amplo desconto em relação ao material importado.

“Os volumes e as margens melhorarão em relação às baixas do quarto trimestre de 2022 e do primeiro trimestre de 2023. O recente terremoto na Turquia deve impactar a produção doméstica de aço e, portanto, as importações de sucata, o que levará a preços de sucata mais baixos nos Estados Unidos e a um maior spread de metal no país norte-americano”, avalia da Terra.

O BTG, por sua vez, destacou que adicionou a Gerdau ao portfólio, pois acredita que a ação combina resiliência e dinâmica de resultados, com métricas de valuation atraentes.

“As operações norte-americanas têm impulsionado a maior parte dos resultados da empresa nos últimos trimestres, com margens mantidas em níveis de 25 a 30%, o que acreditamos
que devem continuar à frente”, diz o BTG.

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