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Banco Inter: o que muda para investidor após conversão dos BDRs para nível II

Na prática, a empresa passa agora passa a obedecer os comandos da CVM e qualquer investidor pode comprar o ativo.

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Os BDRs do Banco Inter foram convertidos nesta semana do nível I para o nível II. Na prática, os ativos agora passam a obedecer os comandos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que não acontecia anteriormente. Os papéis passaram a ser negociados com o ticker INBR32 e não mais com o código INBR31.

BDRs são recibos de ações da empresa negociados no exterior. No Brasil, os investidores somente conseguem investir por meio da compra desse tipo de ativo negociado na B3, que é um título que representa a ação, mas não é a ação em si.

Heitor De Nicola, sócio e assessor de Renda Variável da Acquavero Investimentos, explica que a mudança atinge o ambiente de negociação do ativo do Inter.

Isso porque, enquanto o BDR de nível I é negociado em mercados não organizados, ou seja, não supervisionados por entidades auto-reguladoras, o BDR de nível II pode ser negociado na B3 em balcão organizado, ou seja, em ambiente administrado por instituições autorizadas e supervisionadas pela CVM.

“O BDR de nível II passa a ser registrado na CVM e, por conta disso, toda a parte de auditoria, contabilidade e divulgação de resultados passa a valer para o BDR, assim como para outras empresas negociadas na bolsa, como Petrobras e Vale”, diz.

Além disso, enquanto os BDRs nível I só podem ser adquiridos no Brasil por instituições financeiras, fundos de investimento, administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, o BDR Nível II pode ser negociado por qualquer tipo de investidor, como pessoas físicas com baixos valores.

Por que o Inter deixou a B3?

As ações do banco Inter (BIDI3; BIDI4; BIDI11) eram listadas na B3 até junho deste de 2022, quando a empresa decidiu migrar sua base de ações da B3 para a Nasdaq, nos Estados Unidos, em uma reorganização societária que visa a expansão internacional dos negócios.

O banco tem plano de expansão global e deseja replicar seu modelo de negócios em outros países. A empresa passou então por uma reorganização societária que levou a criação da holding Inter&Co, que reúne todas as empresas do grupo.

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