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Bitcoin foi o melhor ativo da década, com 7.880% de valorização

Por outro lado, o Ibovespa foi o pior, performando 76 vezes menos do que a criptomoeda no mesmo período.

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*ARTIGO

No cenário financeiro atual, um estudo recente realizado pela Hashdex em parceria com a Quantum trouxe à tona uma descoberta impressionante: nos últimos dez anos, o bitcoin (BTC) foi o ativo que mais se valorizou, registrando uma alta astronômica de 7.880%.

Esse número por si só é surpreendente, mas torna-se ainda mais impactante ao ser comparado ao desempenho dos outros oito ativos da lista.

Apesar das oscilações da economia brasileira ao longo dos anos, o desempenho do Ibovespa não correspondeu às expectativas, ressaltando ainda mais o impacto da valorização exorbitante da criptomoeda.

Para a tristeza de muitos brasileiros, o Ibovespa entregou a pior rentabilidade, valorizando “apenas” 102,8% entre 2014 e 2023. Mas até mesmo o S&P 500, segundo colocado do ranking, apresentou um avanço de 381,5% no mesmo período, performance que representa mais de 20 vezes menos do que a valorização registrada pelo bitcoin.

Bitcoin desponta entre as classes de ativos que mais valorizaram nos últimos dez anos, entre 2014 e 2023. (Imagem: Reprodução/Estudo da Hashdex)

A disparidade entre o bitcoin e os índices tradicionais destaca a natureza inovadora da criptomoeda e reforça não só a magnitude do desempenho do bitcoin, mas também o seu impacto revolucionário nas finanças globais.

Isso porque, enquanto Ibovespa, S&P 500 e demais relacionados se deparam com restrições regulatórias e dependem de intermediários financeiros, o bitcoin apresenta uma alternativa descentralizada e tecnologicamente avançada em comparação com o sistema convencional.

Bitcoin brilha ao longo dos anos: por quê?

O caráter descentralizado do bitcoin é um dos principais fatores que contribuem para o sucesso da maior criptomoeda do mercado.

Ao eliminar a necessidade de mediadores, como bancos e plataformas de remessas online, o bitcoin faz com que as transações ocorram diretamente entre as partes envolvidas, oferecendo uma maior eficiência e redução de custos.

Além disso, a tecnologia blockchain, que é a base do funcionamento do bitcoin, garante segurança e transparência, tornando o bitcoin uma opção confiável para investidores em todo o mundo.

A limitação de 21 milhões de unidades também impulsiona sua valorização, criando uma demanda crescente por uma oferta finita  — sem contar que, em comparação com imóveis físicos, por exemplo, a criptomoeda é uma forma mais líquida de investimento.

Sendo assim, a capacidade de realizar transações rápidas e seguras, juntamente com sua escassez intrínseca, é um dos principais pilares que proporcionaram tamanha performance ao ativo.

É impossível prever o futuro, mas…

A ascensão dessa tecnologia revolucionária, que responde pelo nome ‘bitcoin’, está remodelando a maneira como realizamos transações financeiras e moldando o futuro do setor. 

Mesmo em um mercado tão volátil e cheio de hypes passageiros, o desempenho extraordinário do bitcoin ao longo da última década — e possivelmente dos anos  que estão por vir — é um reflexo do potencial e da solidez do ativo.

Valorização do bitcoin ao longo dos anos, que em especial tende acontecer a cada 4 anos pelo evento do halving. (Imagem: Reprodução/gráfico tradingView)

Enquanto os índices tradicionais ficaram aquém, o bitcoin brilhou intensamente, atraindo a atenção de investidores em todo o mundo. A adoção crescente do bitcoin e das criptomoedas em geral é um sinal claro da sua relevância no cenário macroeconômico.

Gostando ou não da ideia, a transformação financeira global está ocorrendo diante de nossos olhos, e abraçá-la está comprovando ser essencial para aproveitar as oportunidades que surgem. 

Ao que tudo indica, o futuro do investimento está intrinsecamente ligado à evolução das criptomoedas, e aqueles que estiverem dispostos a essa mudança serão os protagonistas da era.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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