Telefônica lidera quedas do Ibovespa; Carrefour tem alta de 7%

Os papéis da Telefônica, dona da Vivo, fecharam o dia com o pior desempenho entre as ações que compõem o principal indicador da B3, o Ibovespa. O mercado repercutiu a divulgação da queda no lucro entre abril e junho deste ano.

Já ações do varejista Carrefour intensificaram os ganhos registrados pela manhã, depois da divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre. Mais cedo, o papel chegou a ocupar a posição de maior alta do Ibovespa. A produtora de papel e celulose Klabin também teve resultado positivo em dia de divulgação de balanço.

Já as companhias ligadas ao petróleo e ao minério de ferro fecharam em destinos opostos, em meio à alta das commodities no exterior.

O papel da empresa de gestão Ambipar, que não está no Ibovespa, subiu em meio ao anúncio de mais uma aquisição.

Confira os destaques registrados no dia:

Telefônica

A Telefônica (VIVT3) caiu 3,21%, para R$ 44,9, depois de informar que registrou lucro atribuído aos sócios controladores de R$ 762,6 milhões no segundo semestre deste ano, o que significa uma queda de 43,2% ante o mesmo intervalo do ano passado. O lucro líquido recuou 44,6%, para R$ 746 milhões.

A receita operacional líquida cresceu 11,1%, para R$ 11,8 bilhões. Segundo a empresa, foi o segundo trimestre seguido com o maior crescimento no comparativo anual em cinco anos, “com tendências positivas tanto na móvel quanto na fixa”.

Em relatório, o Goldman Sachs apontou que a receita da companhia superou suas previsões em 6%, por outro lado o lucro líquido reportado ficou 53% inferior a quantia de R$ 1,60 bilhão projetada pelo banco de investimentos, impactado pelo aumento das despesas financeiras líquidas, afetadas por uma dívida mais alta, leilão de 5G, taxas mais altas e despesas de arrendamento relacionadas à aquisição da Oi.

Carrefour

As ações do Carrefour Brasil (CRFB3) emplacaram ganhos de 7,28%, para R$ 17,98, entre os maiores avanços do Ibovespa. Na véspera, a companhia informou que seu lucro líquido ajustado atribuído ao acionista controlador somou R$ 600 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 1,3% ante o mesmo período de 2021. Os números incluem as operações do Grupo BIG, adquirido em junho.

O resultado operacional do varejista medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,71 bilhão, avanço de 24,5% na comparação anual.

Em relatório, Thiago Macruz, Maria Clara e Gabriela Moraes, analistas do Itaú BBA, afirmaram que os números do banco superaram suas estimativas. A equipe reiterou que a divisão C&C (cash & carry ou atacarejo) foi o destaque positivo mostrando forte impulso de vendas e elasticidade de preço e demanda positiva.

Em relação a divisão de varejo, o trio considerou que a companhia apresentou números melhores, com a rentabilidade voltando a patamares históricos.

A equipe do Itaú disse ainda que está de olho na integração com o BIG, que pode continuar sendo o principal gatilho de curto prazo para a ação da companhia, mas que os números de junho indicam notícias positivas à frente.

Klabin

A Klabin (KLBN4) manteve o ritmo de alta registrada pela manhã e fechou com o desempenho positivo de 5,47%, para R$ 19,46. A companhia informou um crescimento de 35% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 972 milhões.

A receita líquida da empresa atingiu R$ 5,04 bilhões, alta de 24% e acima da expectativa de R$ 4,78 bilhões, com base em projeções de analistas compiladas pela Refinitiv, segundo a agência Reuters.

Para a Eleven, casa de análise financeira, a companhia apresentou resultados positivos no segundo trimestre de 2022 em razão do aumento das vendas e preços na parte de celulose, além de manutenção da demanda em bons patamares no segmento de papel. Os resultados da Klabin vieram em linha com as expectativas da casa.

Commodities

As empresas ligadas ao petróleo e ao minério de ferro continuaram operando em destinos opostos, com destaque positivo para a CSN Mineração, enquanto a PetroRio se manteve entre as principais desvalorizações. Já a 3R Petroleum virou e encerrou em alta.

As duas commodities intensificaram os ganhos no exterior. Por volta das 18h, o petróleo Brent subia 2,78%, enquanto o WTI avançava 2,70% nos Estados Unidos, já o minério de ferro, mais cedo, tinha ganhos de 1,29% em Cingapura. Confira os destaques:

Ação	Variação em %	Cotação em R$
PRIO3	-0,21	23,69
PETR3	0,65	34,01
PETR4	1,10	31,35
VALE3	0,23	70,52
GGBR3	-0,31	19,04
GGBR4	-0,12	24,01
RRRP3	2,44	30,67
USIM3	1,70	8,37
USIM5	1,02	8,88
CSNA3	2,23	14,68
CMIN3	4,88	3,44

Ambipar

A Ambipar (AMBP3), que não faz parte do Ibovespa, avançou 3,25%, para R$ 26,68. A empresa informou que, por meio da sua controlada Ambipar Response, comprou o controle acionário da C-Tank, empresa especializada em limpeza de tanques industriais e navais, com sede em Niterói (RJ). O valor da aquisição não foi revelado.