Celular focado em criptomoedas, ‘Solana Saga’ chega ao mercado

*ARTIGO

Finalmente, o tão aguardado Solana Saga, o primeiro “criptophone” do mundo, está disponível para compra. Anunciado quase um ano atrás pelo co-fundador e CEO da solana (SOL), Anatoly Yakovenko, o smartphone visa integrar e facilitar a experiência Web3, tudo com muita praticidade e segurança.

O Saga tem design convencional, mas não se deve enganar: apesar de parecer apenas mais um smartphone disponível no mercado, ele é uma plataforma blockchain, que a “SOL”, a própria moeda da solana, usa para se nutrir.

O aparelho tem hardware avançado para atender às necessidades de entusiastas e profissionais do setor, além de um sistema que ajuda a proteger os usuários de possíveis golpes envolvendo criptomoedas devido à sua tecnologia.

Sobre as suas especificações, o aparelho tem sistema Android, 512 GB de armazenamento interno (UFS ou eMMC), 16,6 cm de comprimento, tela AMOLED de 6.67“, 12 GB de RAM e processador Qualcomm 8475. 

O dispositivo promete ser indispensável para os entusiastas do setor cripto, concorrendo com aparelhos da linha 13 da Xiaomi, que tem câmeras Leica, da linha 60 da Huawei, além dos modelos mais novos lançados pela Samsung.

Embora esteja em uma faixa de preço relativamente alta e disponível atualmente apenas em algumas regiões do mundo, o criptophone já tem um público muito interessado em sua tecnologia inovadora.

Por dentro do Saga

Além de segurança, outro diferencial de destaque é sua integração direta com carteiras virtuais (wallet). O aparelho foi desenvolvido para que os usuários conectem as wallets que já fazem uso, como Ledger, Phantom e Solflare, ou criem uma integrada ao telefone para se conectar à Web3.

O Saga apresenta uma configuração inovadora que utiliza NFT (token-não fungível). Ao configurar o dispositivo, o usuário recebe um token exclusivo chamado “Saga Genesis”, que dá acesso a alguns dos 16 aplicativos descentralizados (dApps) disponíveis na loja personalizada do dispositivo neste momento inicial.

Trazendo praticidade e layout intuitivo, através do Saga os usuários podem, por exemplo, fazer transações na Web3, usufruir das finanças descentralizadas (DeFi), se divertir em criptogames e acessar dApps.

A princípio, é possível comprar o Saga apenas no site oficial criado pela solana e o preço é US$ 1 mil (cerca de R$ 5 mil). Todos que compram o aparelho ganham um “brinde” de boas-vindas, que contempla um NFT Saga, criptomoedas — US$ 20 no valor de USD Coin (USDC) e 0,01 SOL —, e pacotes de adesivos.

Atualmente o Saga está disponível apenas para compra nos Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Reino Unido, Suíça, Austrália e Nova Zelândia. Infelizmente, o envio para o Brasil e América Latina ainda não é possível, mas a equipe da solana tem planos para disponibilizá-lo em breve.

Início de uma nova era

Gostando ou não da solana, o lançamento do Saga é uma grande conquista para a comunidade cripto, sendo um passo muito importante para a atração e desenvolvimento do setor.

O aparelho é uma tentativa da Web3 competir com provedores de big techs como Apple (AAPL34), Microsoft (MSFT34) e, é claro, Android —, mesmo que isso soe mais como uma utopia, dado seu nicho de mercado.

Apesar da integração do Saga com a Web3 ser restrita ao ecossistema solana e preço pouco acessível para a maioria, ele abre portas para uma nova era. A iniciativa foi pioneira no setor, e ainda há muita água para rolar debaixo da ponte.

Com o crescimento da indústria de criptomoedas e blockchain, é provável que esses dispositivos se tornem cada vez mais populares e sofisticados, oferecendo aos usuários mais opções e segurança.

O lançamento da solana aponta para um futuro cada vez mais híbrido. Daqui para frente, o “mundo real” e o das criptomoedas se integrarão tanto ao ponto de se tornarem um só.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.