Finanças
Com juros altos, tokens de renda fixa são tendência para 2023
Além de baixo risco, esses criptoativos apresentam alta liquidez e oportunidades de investimento de curto e longo prazo.
*ARTIGO
Com o crescimento cada vez maior do mundo das criptomoedas nos últimos anos, tem surgido uma nova forma de investimento: os tokens (criptoativos) de renda fixa, também conhecidos como renda fixa tokenizada.
Essas opções oferecem aos investidores a oportunidade de ter acesso a aplicações que antes eram restritas a instituições como bancos e gestoras.
Mas o que exatamente são as criptos de renda fixa? Em uma definição simples, elas são representações digitais de ativos do mundo real, como recebíveis, consórcios, energia, e precatórios, lastreados em opções já conhecidas no mercado financeiro. E a tecnologia por trás disso tudo é a tokenização, que permite que ativos sejam fragmentados em centenas ou milhares de cotas e ofertados para investidores “comuns”.
Com o uso da blockchain, os contratos são descentralizados, o que traz muitas vantagens em relação aos produtos financeiros tradicionais, como custo menor, alta liquidez, e rentabilidade atraente.
Além disso, em um cenário de incertezas econômicas como o atual, tokens de renda fixa que rendem acima de 1% ao mês com baixo risco. E, por conta das características mostradas abaixo, são cada vez mais atraentes para os investidores. No entanto, é preciso considerar também as desvantagens.
Vantagens e desvantagens dos tokens de renda fixa
Assim como tudo na vida, os tokens de renda fixa tem pontos positivos e negativos. Entre suas vantagens, temos:
- Menor custo de emissão: gera menores gastos do que a emissão de títulos tradicionais, pois não há a necessidade de intermediários financeiros.
- Liquidez: são negociáveis em mercados secundários, o que significa que os investidores podem vender seus ativos a qualquer momento, 24h por dia, para qualquer pessoa do mundo.
- Previsibilidade: muitos oferecem taxas de juros fixas e regulares, sendo uma boa opção para investidores procurando uma fonte de renda estável.
- Transparência: todas as transações são registradas em blockchain, um livro contábil público e auditável.
Quanto suas desvantagens, destacam-se pontos como:
- Falta de regulamentação: o setor de criptos ainda não é regulamentado em muitos países, e os investidores podem estar sujeitos a riscos fiscais.
- Complexidade: a tecnologia por trás desses criptoativos pode ser complexa e difícil de entender para investidores menos experientes.
- Possíveis fraudes: por ser uma indústria relativamente nova, há muitos golpes financeiros envolvendo tokens de renda fixa.
A conquista dos tokens de renda fixa no mercado financeiro em 2023
A tendência é que elas só ganhem mais espaço nos próximos anos, já que as instituições financeiras estão cada vez mais interessadas em utilizá-las. Além disso, a procura pelo retorno financeiro seguro e estável tem aumentado, e os tokens de renda fixa podem oferecer exatamente isso.
Outro ponto importante a ser mencionado é o atual cenário macroeconômico favorável em 2023 para esses produtos financeiros, pois os juros e inflação altos, assim como a instabilidade econômica em diversos países, tornam os tokens de renda fixa muito atrativos.
Isso sem contar que o aumento da adesão das moedas digitais “comuns” tanto por parte de investidores institucionais quanto individuais, como bitcoin (BTC) e ethereum (ETH), traz ainda mais visibilidade para eles.
Um futuro brilhante à vista
Devido a toda conjuntura de longo prazo favorável à “tokenização de tudo”, a CipherMine Capital prevê que os tokens de renda fixa também serão cada vez mais utilizados como meio de pagamento e como reserva de valor, além de uma alternativa aos títulos de renda fixa tradicionais.
Ao que tudo indica, a popularidade desses tokens tem tudo para continuar em alta. Afinal, eles conseguem democratizar os investimentos, dando oportunidade até mesmo para que desbancarizados tenham acessos a produtos financeiros antes restritos somente àqueles que possuem grande capital.
Devido às suas vantagens em relação ao mercado tradicional, a tendência é que, com o desenvolvimento dessa tecnologia, eles acabem substituindo os investimentos de renda fixa atuais, mesmo que isso leve alguns anos — talvez cinco, talvez dez.
Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano. |
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
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