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De olho em expectativas para Selic, especialistas recomendam Tesouro Prefixado

Recomendação, porém, não é unânime e há quem aponte LCI, LCA e CDB pós fixados como melhores investimentos no momento.

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Com a sinalização de que a taxa Selic seguir elevada por mais alguns meses, os títulos públicos préfixados se destacam entre os melhores investimentos no momento, segundo especialistas. Além disso, papéis atrelados à inflação também podem ser boas opções, ainda de acordo com as avaliações. 

Na quarta-feira (3), o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção da Selic em 13,75% ao ano pela sexta vez seguida, e deu indicações de que não deve iniciar um ciclo de cortes no curto prazo. 

Nesse cenário, especialistas recomendam o Tesouro Prefixado (LTN), em que a taxa de remuneração e o prazo são definidos no momento da compra do papel – embora o investidor fique sujeito a oscilações até o vencimento. 

“Os analistas e o mercado em geral estão prevendo corte na taxa de juros para agosto. Então, nesse cenário de juros altos que a gente está vivendo hoje e que vai se estender por mais um tempo, vale a pena investir em títulos pré fixados, assim se consegue ter uma rentabilidade maior”, diz Vitor Amorim, especialista em investimentos da Top Gain Research. 

“Quando a gente fala de renda fixa, temos que lembrar que você não vai ganhar o dinheiro fixo, e sim que a forma de remuneração é definida. Se você pré fixar esse título e a taxa de juros começar a cair em agosto, significa que você vai ganhar mais dinheiro em um tempo menor. Então, esses títulos são muito bons se realmente ocorrer o corte para agosto dos juros, e também aproveitando esses juros altos como estão agora.”

Vitor Amorim, especialista em investimentos da Top Gain Research

Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, concorda, e acrescenta que papéis com retorno atrelado à inflação também merecem atenção. “Com este cenário de manutenção de juros elevado por mais tempo, acho que é interessante aumentar a exposição à inflação e a pré fixados com vencimentos intermediários ou longos”, opina.

“As taxas continuam muito atrativas, mesmo que tenham caído desde o pico do estresse. Quando o ambiente estiver mais favorável, veremos esses títulos se beneficiando da queda da taxa de juros (não apenas Selic, mas os vértices mais longos da curva)”

Bruno Komura analista da Ouro Preto Investimentos

Outras alternativas

A indicação, no entanto, não é consenso entre os especialistas. Robson Casagrande, sócio da GT Capital, por exemplo, aponta como os investimentos mais indicados para o momento “LCI, LCA e CDB pós fixados, pois os cortes na Selic devem ocorrer de forma gradual, e isso significa que teremos uma taxa acima de 10% ao ano por um período longo”.

De maneira geral, ele aponta que “com a perspectiva de manutenção da Selic, os títulos de renda fixa seguem sendo os mais recomendados”. “Para investidores mais conservadores as melhores alternativas são títulos do Tesouro e de emissão bancária com LCI, LCA e CDB”, afirma. 

Investimentos (Foto: Pixabay)

Já para investidores com maior tolerância a risco, Casagrande recomenda “uma grande oportunidade em títulos de crédito privado como CRI’s CRA’s e debêntures”. 

“Os recentes episódios Lojas Americanas e Light trouxeram muita ênfase negativa para esta classe de ativo e fizeram com que os speads abrissem e as taxas aumentassem, porém uma parte do mercado entende que estes foram episódios isolados e com isso surgiram muitas oportunidades em títulos de empresas que não atravessam as mesmas dificuldades financeiras.”

Robson Casagrande, sócio da GT Capital

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