O impacto da invasão total da Rússia à Ucrânia por terra, ar e mar – considerado o maior ataque de um País contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial – sobre as economias e os mercados faz com que aumente as discussões sobre o conflito.
Os preços do petróleo superaram os 100 dólares por barril pela primeira vez desde 2014, as bolsas globais despencaram e as moedas viram seu desempenho cair diante do dólar.
Analisando o cenário brasileiro, que tende a ser economicamente impactado por essa situação, a inflação acaba sendo a grande preocupação, assim como os juros que podem vir aumentar ainda mais para conter a própria inflação.
Somado a isso, tem a questão do preço do barril do petróleo tipo Brent que chegou ao seu maior patamar em sete anos. E como o preço do petróleo é a referência para a Petrobras para o reajuste dos combustíveis, isso pode pesar no bolso do brasileiro na hora de abastecer o carro.
Outro ponto que o conflito pode impactar é na inflação dos alimentos. Segundo análise do Itaú BBA, juntas, Ucrânia e Rússia respondem por quase um terço das exportações globais de trigo (28%) e um quinto das exportações de milho (18%).
Apesar de os dois países produzirem menos do que outros gigantes globais, a questão é que ambos exportam uma grande parte do milho e trigo que produzem (54%), o que mostra o importante papel de Rússia e Ucrânia na dinâmica do comércio mundial. E isso significa que a base para a produção de pão, macarrão, massas, biscoitos, entre outros alimentos pode encarecer.
Neste Cafeína, Samy Dana comenta o impacto econômico do conflito entre Rússia e Ucrânia no Brasil e no mundo. Veja entrevista com o analista de investimentos, Daniel Funabashi, e saiba quais classes de ativos não são prejudicadas com o ataque russo.