Finanças
Ibovespa fecha em alta, acima dos 118 mil pontos; Magalu sobe mais de 8%
Petrobras limitou ganhos do Ibovespa, com novas dúvidas sobre política de preços.
O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em alta nesta quinta-feira (8), apoiado pelo viés relativamente positivo em mercados acionários no exterior, enquanto Petrobras pressionou na ponta negativa, em meio a novos ruídos sobre sua política de preços. Já o dólar fechou em queda, após o banco central dos Estados Unidos reforçar expectativas de manutenção de farta liquidez, o que beneficia países emergentes como o Brasil.
O Ibovespa fechou em alta de 0,59%, aos 118.313 pontos. Já o dólar recuou 1,23%, negociado a R$ 5,574. Veja mais cotações
Analistas da Mirae Asset afirmaram que continua o sentimento de preocupação com o avanço da pandemia, dado o ritmo lento da vacinação, além de impasse no Orçamento de 2021.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu na quarta-feira que o Orçamento de 2021 seja sancionado, mesmo que com vetos ou necessidades de posteriores correções, e afirmou ainda que acordos precisam ser cumpridos.
Incertezas no câmbio
O dólar no Brasil e no mundo engatou altas nas últimas semanas por entendimento de que o Fed poderia cogitar reduzir estímulos, já que a economia dos EUA tem se recuperado em ritmo forte. A ata do banco central, porém, minimizou esse risco e permitiu alívio a ativos como moedas emergentes.
O suporte ao câmbio no Brasil, contudo, ainda parece frágil, sobretudo pela situação crítica da pandemia no país e seu consequente impacto sobre as contas públicas.
O mercado analisou notícias sobre jantar ocorrido na quarta-feira em São Paulo que contou com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários. As informações são de que Bolsonaro prometeu respeitar o teto de gastos e a responsabilidade fiscal.
Na saída do evento, Guedes afirmou que a economia brasileira está se reerguendo, mas ressaltou ser preciso avançar na vacinação em massa no país para sustentar o crescimento. A síntese do jantar foi, segundo o ministro, vacinação em massa e avanço nas reformas estruturais.
O andamento das reformas está sujeito a uma boa relação entre Executivo e Legislativo, a qual está estremecida desde o início do entrevero entre Guedes e líderes do Congresso por causa do Orçamento – aprovado pelos parlamentares, mas criticado pela equipe econômica e por agentes de mercado por se basear em premissas consideradas irreais.
Bolsonaro precisa decidir se veta ou sanciona o Orçamento até 22 de abril.
Destaques da bolsa
Magazine Luiza (MGLU3) valorizou-se 8,28%, em sessão de recuperação de papéis relacionados a comércio eletrônico. Via Varejo (VVAR3) fechou em alta de 4,96% tendo no radar aquisições recentes de ambas as empresas nesta semana, além de movimento mais forte do setor de tecnologia nos EUA, o que acaba tendo repercussões no mercado doméstico.
Petrobras (PETR4 e PETR3) caiu 1,25% e 1,68%, respectivamente, em sessão de queda nos preços do petróleo, além de comentários da véspera do presidente Jair Bolsonaro de que um reajuste de 39% praticado pela estatal no preço do gás para distribuidoras é “inadmissível”. Bolsonaro ainda disse que poderia haver mudanças na política de preços da companhia. A companhia disse que enviou questionamentos ao governo sobre a declaração.
VALE (VALE3) cedeu 0,06%, em dia de queda do minério de ferro na China, enquanto siderúrgicas operavam sem sinal comum. A Usiminas (USIM5) acompanhou CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) e anunciou aumento de preços de aço a distribuidores válido a partir de 12 de abril, de acordo com o Itaú BBA, citando elevação de 10% para aço laminado à quente (BQ).
Bolsa Globais
Em Wall Street, o S&P 500 renovou marca histórica, ajudado por ações de tecnologia, um dia depois que o Federal Reserve (Fed) reiterou promessa de manter os juros baixos até que a recuperação econômica esteja mais garantida.
As ações europeias bateram máximas recordes nesta quinta-feira, com o crescente otimismo em torno de uma recuperação econômica alimentada por estímulos globais, também de olho no Fed.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,83%, a 6.942,22 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,17%, a 15.202,68 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,57%, a 6.165,72 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,66%, a 24.576,51 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,47%, a 8.637,80 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,09%, a 5.029,88 pontos.
O mercado acionário da China fechou em alta nesta quinta-feira (8), com as ações de saúde liderando os ganhos depois de o país ter aumentado os esforços para vacinação em meio ao surgimento de um grupo de infecções.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,07%, a 29.708 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,16%, a 29.008 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,08%, a 3.482 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,17%, a 5.112 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,19%, a 3.143 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,66%, a 16.926 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,29%, a 3.186 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,02%, a 6.998 pontos.
*Com informações da Reuters