Finanças
Ibovespa recua, de olho em exterior e dado fraco da indústria; dólar sobe
Dia é marcado por dados da economia da China e alta dos títulos dos EUA.
O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (5), tendo como pano de fundo um ambiente desfavorável a ativos de risco no exterior, em meio a dados de atividade mais fracos na China e alta nos rendimentos de títulos do Tesouro norte-americano, enquanto no Brasil a indústria encolheu mais do que o esperado. O dólar teve alta sobre o real.
O Ibovespa caiu 0,38%, aos 117.331 pontos, e o dólar subiu 0,82%, a R$ 4,9749.
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Exterior negativo
Na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global caiu para 51,8 em Agosto, de 54,1 em julho, a leitura mais baixa desde dezembro, quando a covid-19 confinou muitos consumidores às suas casas. A marca de 50 separa expansão de contração da atividade.
De acordo com a equipe da XP Investimentos, os dados divulgados na China mostram mais evidências de uma atividade econômica mais fraca do que o esperado naquele país.
Além disso, as atenções seguem sobre a política monetária nos Estados Unidos. “O mercado está cauteloso com dados econômicos e próximos passos do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) após performance positiva das bolsas na semana passada”, acrescentaram os estrategistas da XP em relatório enviado a clientes mais cedo.
Indústria no Brasil
No Brasil, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a produção industrial do país teve queda de 0,6% em julho na comparação com o mês anterior. Na comparação ano a ano, contraiu 1,1%. As expectativas em pesquisa da Reuters apontavam quedas de 0,3% e de 0,5%, respectivamente.
“Apesar de ser dramática a situação da indústria vemos com certo otimismo o setor para os próximos meses, afinal foi apenas em agosto que se iniciou de fato o corte de juros e somente agora que se estabeleceu um melhor humor econômico entre os agentes uma vez que a massa salarial segue em alta e os dados do PIB surpreendem”, disse o economista André Perfeito.
Ainda no radar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira ser importante a política monetária perseverar em um momento que classificou como “last mile” do combate à inflação, argumentando que o aumento de preços pode voltar se isso não for feito.
Destaques da B3
A Petrobras (PETR4) subiu 3,34%, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent em alta. A companhia anunciou nesta terça-feira que fez sua primeira compra de créditos de carbono.
Já Vale (VALE3) recuou 0,43%, conforme os futuros do minério de ferro recuaram na China, com o contrato mais negociado na Bolsa de Commodities de Dalian da China encerrando as negociações do dia com queda de 0,6%. Na Bolsa de Cingapura, porém, o vencimento mais negociado subiu 0,7%.
Itaú Unibanco (ITUB3 e ITUB4) e Bradesco (BBDC3 e BBDC4) caíram. Na véspera, a Câmara dos Deputados aprovou regime de urgência para o projeto de lei que estabelece limites para a taxa de juros cobrada no cartão de crédito.
A ação da Via (VIIA3) perdeu 7,14%, após anúncio de oferta subsequente primária de ações, com bônus de subscrição, que espera precificar em 13 de setembro. A varejista já havia informado sobre a contratação dos bancos para um potencial follow-on.
(* com informações da Reuters)
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