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Fim do ciclo de alta da Selic favorece renda variável no atual cenário?

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No último Copom, a Selic que já estava em 13,75% ao ano foi mantida após 12 altas consecutivas. O ritmo de crescimento do PIB do país foi maior do que o esperado e a queda recente da inflação foram os principais incentivadores da decisão. Mas será que finalmente o ciclo de alta da taxa básica de juros acabou? E como ficam os investimentos de renda fixa e variável?

Não são muitos que estão confiantes de que o ciclo de alta da Selic se encerrou. A expectativa é de que, se a taxa não subir, mantenha esse nível durante um bom tempo. Segundo os economistas ouvidos pelo boletim Focus, divulgado toda semana pelo Banco Central e que reúne as principais previsões do mercado, a Selic deve encerrar o ano que vem a 11,25%. O seja, deve ficar ao menos mais um ano acima de dois dígitos.

Com a incerteza sobre a Selic e expectativa de que a taxa demore um bom tempo para começar a cair, pelo menos uma dúvida não existe: de que a renda fixa vai continuar a ser atrativa. Especialmente títulos que paguem um percentual do CDI, que segue de perto a Selic. Tanto CDBs como Tesouro Selic e também fundos DI são boas opções para quem deseja aplicar seu dinheiro.

Ainda que a remuneração desses investimentos diminua um pouco por conta de uma eventual queda da Selic a partir do ano que vem, o nível de rentabilidade que terão, adicionado ao pouco risco que oferecem, ainda está alto. Quem investir 5 mil reais no Tesouro Selic terá cerca de R$ 5.500 daqui a 12 meses e R$ 6 mil daqui dois anos, já considerando a taxa de juros futura e descontando impostos. É necessário, porém, fazer a ressalva de que a taxa de juros futura, e portanto, a rentabilidade desses investimentos, muda diariamente, conforme a expectativa sobre a Selic.

Além de outros títulos bancários, como LCIs e LCAs, para quem aceita um pouco mais de risco ainda existem títulos de empresas na renda fixa, como debêntures, CRIs e CRAs. O que não vale, sempre bom lembrar, é continuar na poupança. A caderneta registra o pior rendimento entre os investimentos de renda fixa. Isso porque seu rendimento parou de subir quando a taxa ultrapassou o nível de 8,5% ao ano. Atualmente, a poupança paga 0,5% ao ano mais a taxa referencial, que está muito baixa.

Mas se o mercado está diante ao menos de  uma estabilização da Selic, será que vale a pena ir colocando o pé novamente na renda variável e rebalancear a carteira de investimentos? Veja neste Cafeína o que dizem analistas sobre o atual cenário e como os investimentos devem se movimentar com o possível ciclo da taxa de juros.

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