Finanças

Hapvida e Carrefour despencam mais de 13% após balanços do terceiro tri

Dia foi negativo para a maior parte das ações do Ibovespa.

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As ações da empresa de planos de saúde Hapvida e do varejista Carrefour fecharam em forte queda nesta quinta-feira (10) em meio à divulgação dos balanços trimestrais pelas companhias.

A empresa de cosméticos Natura e a de alimentos BRF também sofreram declínio depois de informarem os números do período, assim como o Banco do Brasil.

Já a Ultrapar, dona de marcas como Ipiranga e Ultragaz, e a empresa de hospitais Rede D`Or registraram leve avanço.

O pregão foi misto entre as companhias que atuam com commodities. Enquanto a mineradora Vale subiu, a petroleira Petrobras operou com recuo.

Confira os destaques registrados nesta quinta:

Hapvida

A Hapvida (HAPV3) despencou 13,67%. A empresa teve lucro líquido ajustado de R$ 679 milhões no terceiro trimestre, quase três vezes mais que o verificado um ano antes, apesar da companhia voltar a registrar crescimento na sinistralidade.

A Hapvida teve sinistralidade total consolidada de 75,8% no trimestre, pressionada pelo desempenho da parte Intermédica, que seguiu acima de 80%. Um ano antes, a sinistralidade total do grupo foi de 72,3%.

Carrefour

Carrefour Brasil (CRFB3) teve forte declínio de 13,07%. O lucro líquido ajustado ao controlador foi de R$ 256 milhões entre julho e setembro, queda de 58,8% em comparação a igual período do ano anterior, pressionado pelos efeitos da alta da taxa de juros na dívida da varejista, que inflou após aquisição do Grupo BIG, bem como dos custos de conversões de lojas da rival incorporada.

BRF

A companhia de alimentos BRF (BRFS3) declinou 8,18%, após registrar prejuízo líquido de R$ 137 milhões no terceiro trimestre. O resultado foi mais favorável em relação ao prejuízo líquido de R$ 271 milhões reportado no mesmo período do ano passado, mas ficou abaixo das projeções de analistas que esperavam lucro de R$ 64,8 milhões para o período, segundo dados da Refinitiv.

Natura

A fabricante de cosméticos Natura&Co (NTCO3) recuou 0,91%. A empresa divulgou seu terceiro prejuízo trimestral consecutivo e descontinuou projeções à medida que aprofunda os esforços de reestruturação.

Atingida duramente pela queda global da demanda diante da alta da inflação, a proprietária das marcas Natura, Avon International, Aesop e Body Shop registrou um prejuízo líquido atribuído aos controladores de R$ 559,8 milhões no trimestre encerrado em setembro.

No mesmo período do ano passado, a Natura&Co teve lucro de R$ 272,9 milhões.

Banco do Brasil

Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,97%. O banco controlado pelo governo federal informou lucro ajustado do terceiro trimestre de R$ 8,36 bilhões, um salto de 62,7% sobre um ano antes. O número também veio acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 7,36 bilhões para o período. A rentabilidade ajustada sobre o patrimônio foi de 21,5%, um salto de 7,2 pontos percentuais ano a ano.

Ultrapar

O grupo Ultrapar (UGPA3) recuou 2,36%. A companhia informou que seu lucro líquido diminuiu 78% no terceiro trimestre ante a mesma etapa do ano anterior, diante de efeitos não recorrentes, para R$ 83 milhões.

A queda no lucro, segundo a empresa, é explicada por efeito tributário no terceiro trimestre do ano passado e de ajustes de fechamento das vendas das unidades Oxiteno e Extrafarma.

Rede D’Or

O grupo hospitalar Rede D’Or (RDOR3) fechou em queda de 0,31%. A empresa teve lucro líquido de R$ 396,3 milhões, crescimento de cerca de 5% sobre o desempenho apurado um ano antes.

A empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,5 bilhão de julho ao final de setembro, expansão de 20% na comparação anual. A margem subiu de 23,7% para 24,9%.

Commodities

A Petrobras caiu 2,90%, acompanhando especulações sobre os potenciais reflexos da troca do governo a partir de 2023 nos negócios. No exterior, o preço do petróleo Brent registrava leve alta, por volta das 13h. Já a Vale subiu 1,91%, na contramão dos preços do minério de ferro na China, onde o contrato mais líquido na bolsa de Dalian caiu 1,4%.

*Com agências

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