Finanças

Dólar fecha em alta, a R$ 5,38, com temores de recessão; Ibovespa recua

Baixa dos papéis da Petrobras, na esteira do tombo do petróleo no exterior, levou o indicador para o vermelho.

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O dólar deu um salto nesta terça-feira (5) e fechou no maior patamar em mais de cinco meses, chegando a operar acima de R$ 5,40, catapultado pela busca por segurança que ditou alta generalizada da moeda no exterior em meio à intensificação de temores de recessão global.

O Ibovespa fechou em queda nesta sessão, com recuo forte de Petrobras (PETR3, PETR4) na esteira do tombo do petróleo no exterior, enquanto varejistas mostraram reação expressiva, com Magazine Luiza (MGLU3) disparando mais de 11%.

No dia, o dólar subiu 1,21%, a R$ 5,3893. O Ibovespa recuou 0,32%, aos 98.294 pontos.

“Permanece a cautela com a possibilidade de recessão global, diante do aperto monetário em curso nas principais economias”, afirmou a equipe de economia do Bradesco em relatório a clientes nesta terça-feira.

Investidores estão atentos especialmente ao movimento do banco central dos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed) divulga na quarta-feira a ata da última reunião de seu Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), quando acelerou a alta dos juros no país.

“O Federal Reserve ainda está focado em reduzir a inflação, mesmo que precise sacrificar o ritmo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA”, afirmaram estrategistas do BTG Pactual.

Também números do mercado de trabalho norte-americano, previstos para a sexta-feira, estão no radar.

No Brasil, agentes financeiros continuam avaliando que o risco para o cenário fiscal do país permanece elevado, com a tramitação da PEC dos Benefícios na Câmara dos Deputados no centro das atenções.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou mais cedo que a intenção do Executivo é votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) na Casa da forma como passou no Senado.

Bolsas Mundiais

Wall Street

O índice de referência S&P 500 encerrou em leve alta nesta terça-feira, conforme investidores mantiveram o foco na trajetória de crescimento da economia dos Estados Unidos, enquanto o índice de tecnologia Nasdaq avançou.

O índice S&P 500 fechou em alta de 0,16%, a 3.831,39 pontos. O Dow Jones caiu 0,42%, a 30.967,82 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 1,75%, a 11.322,24 pontos.

Europa

As ações europeias caíram acentuadamente, conforme a alta dos preços de energia alimentou preocupações com a inflação, o que fez o euro afundar em meio a temores de recessão. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 2,11%, a 400,68 pontos, e marcou sua pior sessão em mais de duas semanas. As perdas foram amplas, com ações de petróleo e gás e mineradoras na lanterna.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 2,86%, a 7.025,47 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 2,91%, a 12.401,20 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,68%, a 5.794,96 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,99%, a 20.705,06 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 2,48%, a 7.959,40 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,89%, a 5.879,42 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China e de Hong Kong fecharam praticamente estáveis nesta terça-feira, uma vez que a preocupação com o agravamento da situação da covid-19 compensou o otimismo com a recuperação da atividades de serviços no país.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,03%, a 26.423 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,10%, a 21.853 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,04%, a 3.404 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,14%, a 4.489 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,80%, a 2.341 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,93%, a 14.349 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,52%, a 3.104 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,25%, a 6.629 pontos.

*Com informações da Reuters.

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