Finanças

Ibovespa sobe no dia, mas acumula queda de 5% na semana; dólar vai a R$ 5,33

Bolsa brasileira se recuperou de queda da véspera, sustentada por Vale, mas acumulou perdas na semana.

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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, terminou a sexta-feira (11) em alta, enquanto no acumulado da semana teve forte recuo, refletindo, especialmente, o tombo registrado na véspera. O noticiário foi tomado por uma enxurrada de resultados corporativos no radar, mas o indicador encontrou um relevante suporte nas ações da Vale, embora persista o desconforto de investidores com sinalizações fiscais recentes do presidente-eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ibovespa avançou 2,26%, aos 112.253 pontos, na máxima do dia foi aos 113 mil pontos, enquanto na semana acumulou queda de 5%. Já o dólar recuou 1,10%, negociado a R$ 5,3347, depois de oscilar entre a mínima de R$ 5,2494 e a máxima de R$ 5,4053 no dia. Na semana, a moeda norte-americana subiu 5,45%.

Cenário fiscal interno

Na quinta-feira, o Ibovespa fechou com a maior queda percentual diária desde novembro de 2021, refletindo preocupações com o cenário fiscal brasileiro, em particular após declarações de Lula como a de que há gastos públicos que têm que ser considerados como investimentos.

“Parece ter sido o primeiro dia em que o mercado ‘capitulou’ com as falas poucos sensatas economicamente do presidente eleito”, afirmou Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG Investimentos. Ele acrescentou que permanece um viés negativo, “até que a equação fiscal ganhe alguma âncora e longo prazo”.

Kawa afirmou que “‘o mercado’, que não é uma entidade maligna e não luta contra a democracia, mas é fundamental para o bom funcionamento da economia e demandará sinais de que o novo governo preza pelo ajuste das contas públicas antes de apresentar uma estabilização mais permanente”.

Cenário externo

As negociações ficaram voláteis na bolsa norte-americana, após a notícia de que a FTX abrirá processo de falência nos Estados Unidos e de que seu CEO, Sam Bankman-Fried, renunciou devido a uma crise de liquidez na empresa que provocou a intervenção dos reguladores em todo o mundo.

“O pedido de falência aconteceu antes da abertura, de modo que realmente derrubou todo o mercado de ações também”, disse Dennis Dick, analista de estrutura de mercado e operador da Triple D Trading.

O S&P 500 e o Nasdaq registraram os maiores ganhos percentuais diários em mais de dois anos e meio na quinta-feira, depois que dados mostraram uma inflação anual abaixo de 8% pela primeira vez em oito meses.

Investidores vêem uma chance de 71,5% de aumento de 0,50 ponto percentual nos juros em dezembro, enquanto a taxa máxima é calculada na faixa de 4,75-5% no próximo mês de maio, menor do que a faixa de mais de 5% vista antes dos dados da inflação.

Bolsas Mundiais

Wall Street

Nesta sexta-feira, o O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 1,88%, a 11,323.33 pontos; S&P 550 avançou 0,92%, a 3,992 pontos, enquanto Dow Jones finalizou em leve alta de 0,10%, a 33,747 pontos.

Ásia e Pacífico

Pessoas passam pela frente de painel eletrônico em Xangai com cotações do mercado financeiro 15/2/2016 REUTERS/Aly Song

As ações e a moeda chinesa subiram nesta sexta-feira, depois que as autoridades sanitárias do país aliviaram algumas das rígidas restrições contra a Covid-19, com os fortes ganhos de Wall Street também ajudando o humor.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,98%, a 28.263 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 7,74%, a 17.325 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,69%, a 3.087 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 2,79%, a 3.788 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 3,37%, a 2.483 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 3,73%, a 14.007 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 1,74%, a 3.228 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 2,79%, a 7.158 pontos.

*Com informações da Reuters.

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