Ibovespa fecha com declínio após dados de inflação mais forte nos EUA; dólar cai

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em queda nesta quarta-feira (13), marcada por um dado de inflação mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, que fortaleceu a aposta de que o Federal Reserve (Fed) irá subir os juros de forma mais agressiva no final do mês. Já o dólar reverteu a alta de mais cedo e fechou em queda contra o real.

No dia, o Ibovespa caiu 0,4%, aos 97.881 pontos. Já o dólar recuou 0,6%, negociado a R$ 5,4056.

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O declínio do Ibovespa ocorreu após a divulgação do índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), que acelerou acima do esperado.

A inflação ao consumidor nos EUA teve alta em junho, com os preços da gasolina e dos alimentos permanecendo elevados. O resultado é a maior taxa anual em 40 anos, consolidando as expectativas de que o Federal Reserve (FED) aumente os juros em 0,75 ponto percentual no final deste mês.

Camila Abdelmalack, da Veedha Investimentos, comentou que o dado “coloca ‘lenha na fogueira’ para elevação no ritmo dos juros em setembro, para 100 bps”, ou seja, 1 ponto percentual. “Aí que mora o risco monitorado do mercado, se eventualmente os juros nos EUA encerrará 2022 muito acima dos 4% já precificado.”

“A gente sabe que inflação é um indicador atrasado. Logo, vemos mercado reagindo com pânico porque Casa Branca já tinha falado que CPI viria alto. Mas é uma desculpa para a galera diminuir posição. Na verdade, esse número fala do passado. Agora, os investidores vão começar a digerir e bolsa vai virar e ânimos se acalmarem”, disse Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed.

Cenário Interno

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta dados sobre as vendas no varejo brasileiro, que tiveram alta de 0,1% em maio ante abril, ficando abaixo do esperado, e recuando 0,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Bolsas Mundiais

Wall Street

O índice S&P 500 encerrou em baixa nesta quarta-feira após oscilar durante grande parte do pregão. Os três principais índices acionários dos EUA se recuperaram de mínimas tocadas mais cedo na sessão.

O índice S&P 500 fechou em queda de 0,45%, a 3.801,78 pontos. O Dow Jones caiu 0,67%, a 30.772,79 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 0,15%, a 11.247,58 pontos.

Europa

As ações europeias caíram, também repercutindo os dados da inflação dos Estados Unidos acima do esperado, ao mesmo tempo em que o Banco Central Europeu ficou sob pressão depois que o euro caiu abaixo da paridade em relação ao dólar. O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou com queda de 1%.

• Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,74%, a 7.156,37 pontos.
• Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,16%, a 12.756,32 pontos.
• Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,73%, a 6.000,24 pontos.
• Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,93%, a 21.286,33 pontos.
• Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,87%, a 7.944,90 pontos.
• Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,97%, a 5.863,41 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China subiram nesta quarta-feira, interrompendo uma série de três sessões de perdas, depois que dados mostraram que as exportações em junho cresceram no ritmo mais rápido em cinco meses, mesmo com o recente aumento dos casos de covid-19 afetando as perspectivas de recuperação econômica.

• Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,54%, a 26.478 pontos.
• Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,22%, a 20.797 pontos.
• Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,09%, a 3.284 pontos.
• O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,18%, a 4.321 pontos.
• Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,47%, a 2.328 pontos.
• Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 2,68%, a 14.324 pontos.
• Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,54%, a 3.128 pontos.
• Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,23%, a 6.621 pontos.

*Com informações da Reuters.