Finanças
Ibovespa sobe e dólar fecha em alta, em dia de anúncios de Fed e Copom
Mercado aguarda pistas sobre o rumo das taxas de juros nos EUA e no Brasil.
O dólar mudou de sentido e fechou em alta, enquanto o Ibovespa subiu nesta quarta-feira (20), com o mercado no aguardo do comunicado sobre a Selic no Brasil e repercutindo a manutenção dos juros nos Estados Unidos.
O dólar subiu 0,15%, a R$ 4,88, e o Ibovespa avançou 0,72%, aos 118.695 pontos.
- Cotação do dólar hoje
- Cotação do Ibovespa hoje
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A taxa de juros nos Estados Unidos foi mantida na faixa entre 5,25 e 5,5% ao ano, segundo anunciou nesta quarta-feira o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed). A decisão vem em linha com o esperado pelo mercado.
No comunicado, o Fed destacou sua avaliação de que “indicadores recentes sugerem que a actividade econômica tem se expandido um ritmo sólido”. “Os ganhos de emprego abrandaram nos últimos meses, mas permanecem fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada”, apontou.
Enquanto isso, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deve anunciar ao final do dia um segundo corte consecutivo de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, de acordo com visão consensual do mercado monetário e de economistas consultados pela Reuters.
Nesse contexto, vários especialistas disseram que a boa visibilidade quanto à reunião de setembro do Copom é um fator que ajuda a manter o clima de negócios interno favorável à tomada de risco.
Embora juros mais baixos por aqui tendam a prejudicar o real, muitos especialistas em câmbio têm dito que a política monetária seguirá em patamar restritivo o suficiente para sustentar a moeda local mesmo com o início do afrouxamento pelo BC.
“Nos mercados emergentes, as moedas latino-americanas de alto rendimento continuam sendo consenso de compra há muito tempo, embora o câmbio emergente de outros lugares esteja ficando mais complicado, já que a força do dólar provavelmente permanecerá”, disse o Citi em relatório desta quarta-feira.
Destaques da B3
Azul
O ativo AZUL4 disparou 11,68%, em dia de recuperação no setor de viagens na bolsa. O Goldman Sachs elevou a recomendação para os papéis da Azul para “compra”, afirmando enxergar “uma assimetria positiva entre a expansão do Ebitda (prevista) em 2024 juntamente com um valuation pouco exigente”. O preço-alvo passou de R$ 24,30 para R$ 29,90.
Braskem
A ação da petroquímica BRKM5 recuou 4,12%, tendo no radar relatório do BTG Pactual cortando a recomendação dos papéis para “neutra”, destacando que o crescimento da demanda está ligeiramente abaixo das suas expectativas, mas que a expansão da oferta mais do que compensou essa situação e o mercado agora está com excesso de oferta. Os analistas também citaram que os spreads da Braskem não se recuperaram e o segundo semestre pode ser ainda mais fraco do que a primeira metade do ano.
Vale
O papel VALE3 subiu 0,67%%, favorecido pelo movimento dos contratos futuros do minério de ferro na Ásia, conforme sinais de estabilização econômica na China ajudaram a compensar as preocupações com o setor imobiliário em dificuldades no maior produtor de aço do mundo.
Petrobras
A ação PETR4 registravou alta de 0,23%, apesar da queda dos preços do petróleo no exterior.
Bolsas mundiais
Wall Street
As ações dos Estados Unidos caíram nesta quarta-feira depois que o Federal Reserve manteve a taxa de juros inalterada, conforme amplamente esperado, e revisou as projeções econômicas para cima, com avisos de que a batalha contra a inflação está longe de estar concluída.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,95%, para 4.401,93 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 1,53%, para 13.468,57 pontos. O Dow Jones caiu 0,23%, para 34.439,60 pontos.
Europa
As ações europeias subiram em uma recuperação generalizada nesta quarta-feira, à medida que rendimentos dos títulos governamentais em todo o continente caíam. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,91%, a 460,66 pontos, após duas sessões consecutivas de perdas.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,93%, a 7.731,65 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,75%, a 15.781,59 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,67%, a 7.330,79 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,64%, a 29.229,30 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,24%, a 9.645,80 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,55%, a 6.188,27 pontos.
Ásia e Oceania
As ações da China fecharam em queda nesta quarta-feira, em meio às preocupações com a segunda maior economia do mundo apesar de dados da semana passada terem sido melhores do que o esperado, e com as vendas de investidores estrangeiros também pesando sobre o sentimento do mercado.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,66%, a 33.023 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,62%, a 17.885 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,52%, a 3.108 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,40%, a 3.705 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,02%, a 2.559 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,61%, a 16.534 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,04%, a 3.242 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,46%, a 7.163 pontos.
(*com informações da Reuters)
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