Finanças
Ibovespa sobre 1,46% e retoma os 118 mil pontos em meio à decisão do CMN
Somente seis papéis encerraram o dia em baixa.
O dólar terminou o pregão desta quinta-feira (29) em leve queda, enquanto o Ibovespa engatou alta em sessão com investidores à espera da conclusão da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que terminou no fim da tarde.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o CMN decidiu adotar uma meta de inflação “contínua” a partir de 2025 e também optou por manter, em 2026, a mesma meta de 3% já vigentes para 2024 e 2025, com 1,5 ponto percentual de tolerância para mais ou para menos.
O dólar caiu 0,01%, a R$ 4,8466, e o Ibovespa terminou em alta de 1,46%, aos 118.383 pontos.
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Operadores alertavam para chances de instabilidade nos negócios antes da formação da Ptax de fim de mês e semestre, na sexta-feira. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar.
De olho na meta de inflação
No foco do dia, o CMN – formado atualmente pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; e do Planejamento, Simone Tebet, além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – discutiu as metas de inflação, como comumente faz nos meses de junho.
Destaques da B3
GPA
As ações do GPA (PCAR3), dono da bandeira Pão de Açúcar, dispararam 13% após o banqueiro bilionário colombiano Jaime Gilinski apresentar à companhia uma oferta não solicitada e não negociada para a aquisição da totalidade da participação societária do GPA no Grupo Éxito.
JBS
A JBS (JBSS3) chegou a subir 6,67% em sessão positiva para o setor de proteínas em geral. O Bradesco BBI também elevou a recomendação dos papéis da JBS para “outperform”, com preço-alvo de R$ 30, avaliando que “o pior ficou para trás”. Para os analistas, a companhia deve mostrar recuperação de margem até 2025 entre outros fatores pelas chuvas causadas pelo El Niño em junho, melhorando a oferta de pastagens/grãos e reduzindo custos.
Distribuidoras
A Ultrapar (UGPA3) avançou 4,98% e a Vibra (VBBR3) encerrou com valorização de 5,94% após na véspera a StoneX estimar que a demanda por gasolina no Brasil deve crescer 3,6% em 2023 ante 2022, para o recorde de 44,6 bilhões de litros. A consultoria elevou a projeção em 1,53 bilhão de litros ante a previsão anterior apesar de mudanças nas tributações que beneficiam o etanol hidratado, concorrente da gasolina.
Copel
A Copel (CPLE6) avançou 3,32%, tendo de pano de fundo relatório do Bank of America elevando a recomendação dos papéis a “compra”, com preço-alvo de R$ 5. Investidores aguardam desdobramentos relacionados à potencial privatização da elétrica, controlada pelo Estado do Paraná, com assembleia geral extraordinária prevista para 10 de julho para deliberar sobre proposta da companhia para a realização da oferta primária de ações.
Cenário externo
Enquanto isso, nos EUA, o mercado digeria dados finais mais fortes do que o esperado sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre. A economia norte-americana teve expansão de 2% no período, contra expectativa de avanço de 1,4%.
Além disso, menos pessoas do que o esperado entraram com pedidos de auxílio-desemprego na semana passada.
Embora afastem temores de recessão nos EUA – o que jogaria a favor do apetite por risco nos mercados globais – os dados desta quinta-feira também podem reforçar os argumentos para que o Federal Reserve (Fed) eleve sua taxa de juros mais duas vezes este ano, o que tenderia a impulsionar o dólar.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os índices acionários dos Estados Unidos subiram com as ações dos bancos em alta, enquanto dados econômicos fortes alimentavam apostas de novos aumentos de juros pelo Fed.
Ações do Bank of America, JPMorgan Chase, Goldman Sachs e Wells Fargo subiam depois que os bancos passaram pela avaliação de saúde anual do Fed, que mostrou que eles têm capital suficiente para enfrentar uma grave crise econômica.
“O mercado está tendo uma sensação de alívio porque os testes são críticos. Os bancos que passaram com louvor no que seriam condições de quase depressão nos dizem que os temores em relação aos bancos provavelmente foram exagerados”, disse Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital.
O índice Dow Jones subiu 0,80%, a 34.122,42 pontos, enquanto o S&P 500 teve ganho de 0,45%, a 4.396,44 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite terminou o dia estável aos 13.591,33 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações da China e de Hong Kong fecharam em baixa nesta quinta-feira, com os operadores mantendo uma postura cautelosa diante dos sinais de recuperação fraca na economia chinesa e da falta de estímulos fortes.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,12%, a 33.234 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,24%, a 18.934 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,22%, a 3.182 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,49%, a 3.821 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,55%, a 2.550 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,04%, a 16.942 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES não teve operações.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,02%, a 7.194 pontos.
(* com informações da Reuters)
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