Finanças

Ibovespa fecha nos 130 mil pontos e renova recorde; dólar vai a R$ 5,03

Investidores repercutem dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.

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O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, a B3, fechou no patamar de 130 mil pontos nesta sexta-feira (4) e alcançou novo recorde nominal histórico. Já o dólar tem dia de queda, com investidores repercutindo dados de emprego nos Estados Unidos mais fracos que o esperado.

O Ibovespa subiu 0,4%, aos 130.126 pontos, na 7ª alta seguida. Na semana, o índice subiu 3,64%. Veja a cotação do Ibovespa hoje. Já o o dólar caiu 0,98%, a R$ 5,0341, menor valor desde junho de 2020. Na semana, o recuo foi de 3,42%.

O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que o país criou 559 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em maio, ante previsão de economistas de 650 mil. Mas a taxa de desemprego caiu de 6,1% para 5,8% entre abril e maio.

“Os dados garantem tempo ao Fed, ou seja, sem pressa para acelerar o processo de normalização monetária”, disse Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, em referência às expectativas sobre as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre o rumo da taxa de juros. “No geral, números positivos para os ativos de risco”, afirmou Kawa.

No cenário interno, o dia é marcado por movimentos pontuais de realização de lucros, após seis altas seguidas do novas máximas históricas do Ibovespa. Mas os investidores tampouco se dispunham a vendas mais fortes, após várias casas de análise terem elevado previsões de alta para 2021, na esteira do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do primeiro trimestre, que veio acima das expectativas.

Destaques da bolsa

As ações da CVC (CVCB3) subiu 7,41%, se destacando entre as altas do Ibovespa, assim como os papéis de shoppings se destacavam entre os maiores ganhos do Ibovespa. MULTIPLAN (MULT3) subiu 4,8%, IGUATEMI (IGTA3) avançou 5,02% e BR MALLS (BRML3) ganhou 4,35%. “Há uma expectativa de que o segmento vai se recuperar mais rapidamente do que o restante do varejo, após a recente reabertura dos shoppings. Algumas casas estão reavaliando os preços alvos para cima”, comenta José Falcão, analista de investimentos da Easynvest By Nubank.

Já entre as perdas, BRF (BRFS3) cedeu 2,48%. A Marfrig (MRFG3), que caiu 1,27%, informou na véspera que elevou sua fatia na BRF para cerca de 31,66% do capital. Desde meados de maio até quarta, o papel da BRF acumulou alta superior a 40%.

VALE (VALE3) caiu 1,66%, destoando do conjunto do mercado. A mineradora foi notificada sobre interdição de atividades perto da barragem Xingu, levando à paralisação na circulação de trens em um ramal da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), no complexo de Mariana (MG).

CSN (CSNA3) recuou 2,08%. O governo de Minas Gerais informou ter obtido na véspera liminar obrigando a companhia a adotar medidas de segurança para evitar o rompimento da Barragem da Mina de Fernandinho, na cidade de Rio Acima.

EMBRAER (EMBR3) recuou 3,14% e era outra corrigindo parte da escalada de quase 17% desde o início de maio.

Bolsas mundiais

Os mercados acionários norte-americanos subiram nesta sexta-feira, com as ações de tecnologia liderando a trajetória, de olho no relatório de empregos mensais morno.

  • O Dow Jones subiu 0,52%, para 34.756,39 pontos
  • S&P 500 ganhou 0,88%, para 4.229,89 pontos
  • Nasdaq valorizou-se 1,47%, para 13.814,49 pontos

As ações europeias fecharam em patamar recorde nesta sexta-feira, também repercutindo os dados de emprego dos EUA, enquanto o otimismo com a recuperação econômica da zona do euro impulsionou a maioria dos setores.

  • O índice FTSEurofirst 300 fechou em alta de 0,33%, a 1.742,12 pontos.
  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,07%, a 7.069,04 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,39%, a 15.692,90 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,12%, a 6.515,66 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,46%, a 25.570,46 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,59%, a 9.088,30 pontos.

(*Com informações de Reuters)

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