O Ibovespa avançou nesta terça-feira (13), renovando máximas históricas e ultrapassando os 139 mil pontos pela primeira vez no melhor momento, endossado pelas blue chips Vale e Petrobras, em dia marcado pela repercussão de uma bateria de resultados, com destaque para Hapvida e Natura&Co.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou o pregão com ganho de 1,76%, a 138.963,11 pontos, novo topo histórico de fechamento, marcando 139.418,97 no melhor momento, recorde intradia, e 136.549,79 na mínima do dia. O volume financeiro somou R$27,7 bilhões.

Após um começo de semana com a notícia de trégua na disputa comercial entre China e Estados Unidos, agentes repercutiram nesta sessão dados de inflação ao consumidor norte-americano mostrando aceleração em abril, mas em um ritmo mais fraco do que as expectativas no mercado.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) aumentou 0,2% em abril, após queda de 0,1% em março, mas economistas consultados pela Reuters estimavam alta de 0,3%. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o CPI subiu 0,2% no mês passado, de 0,1% em março.

Economistas ainda esperam que a inflação aumente este ano por causa das tarifas, mas provavelmente não de forma tão acentuada quanto haviam previsto antes da trégua de 90 dias entre as duas maiores economias do mundo, permitindo que o Federal Reserve mantenha sua atitude de esperar para ver.

Em Nova York, o S&P 500 fechou com acréscimo de 0,72% e o Nasdaq avançou 1,61%, enquanto o Dow Jones cedeu 0,64%, após fortes ganhos no pregão de segunda-feira, na esteira do acordo entre Pequim e Washington.

De acordo com Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3 Investimentos, ainda há incertezas em relação à questão das tarifas, mas o alívio recente nas tensões permitiu uma trégua nas preocupações sobre os efeitos da guerra comercial.

Investidores do mercado brasileiro também analisaram a ata da última decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na qual a instituição afirmou ver necessidade de aperto maior e por mais tempo nos juros, mas que a política monetária está funcionando.

Pesquisa do BofA Data Analytics de maio com gestores na América Latina também mostrou um visão mais positiva para a bolsa brasileira, com 43% dos participantes enxergando o Ibovespa acima de 140 mil pontos no final de 2025, contra 18% no levantamento do mês anterior.