Finanças
Morning Call: é hexa, Ibovespa marca o sexto recorde consecutivo
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global: hoje, a agenda de indicadores econômicos volta a ganhar destaque e foco dos investidores, no momento em que os mercados emergentes sobressaem em relação as economias desenvolvidas que passam por um momento de maior acomodação. Com a aceleração da vacinação no cenário internacional, em especial na China e EUA, os dados de atividade e inflação serão um termômetro para medir o ritmo da retomada no pós-pandemia.
As bolsas europeias abrem o dia operando sem direção única, após divulgação do PIB do terceiro trimestre na zona do euro: caiu 0,3% em comparação com o trimestre anterior e -1,3% na comparação anual, porém os dados foram acima das expectativas de -0,6% e -1,8%, respectivamente. Pelo lado mais negativo, na maior economia do continente, Alemanha, a produção industrial recuou 1% em abril, ante +2,2% em março e esperava-se uma alta de 0,5%. Também esperam hoje o relatório de emprego Jolts (11h de Brasília) e a balança comercial americana de abril (9h30).
Europa: índice Stoxx 600 Europe sobe 0,25%; Bolsa de Frankfurt estável -0,01%, Londres +0,32%, Paris +0,26% e Madri -0,15%; NY/Pré-Mercado: futuro de Dow Jones cai 0,32%, do S&P 500 recua 0,16% e do Nasdaq estável (+0,02%); Petróleo: Brent para agosto cai 0,69%, cotado a US$ 71,00 o barril; Ouro para agosto cai 0,25%, cotado a US$ 1.894,10 a onça-troy; minério de ferro salta 3,50% em Qingdao, cotado a US$ 209,50 a tonelada; Ásia: índice Xangai Composto fecha em baixa de 0,54%; Tóquio, índice Nikkei caiu 0,19%; Seul, Kospi recuou 0,13%; Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,02%.
Brasil: hoje, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, volta à CPI da Covid, porém o mercado parece não se preocupar tanto com o cenário político instável e mantém o foco no PIB, inflação e nos juros, no contexto de recuperação econômica. Depois da surpresa com o avanço de 1,2% do PIB no primeiro trimestre, as vendas no varejo em abril (9h) voltam a testar o fôlego da atividade. Mas as atenções serão divididas com os riscos fiscais, que voltaram ao radar com as notícias de bastidores de que o governo federal vai prorrogar as parcelas do auxílio emergencial em dois meses, até setembro, quando espera-se que a maior parte da população adulta já esteja vacinada.
Ibovespa: mais uma vez a bolsa brasileira se descolou de Wall Street e saiu de uma queda no início do pregão para mais um recorde de fechamento (130.776,27), em alta de 0,50% e volume alto, de R$ 38,6 bilhões. Com a agenda de indicadores esvaziada, o investidor precificou a fala do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a instalação, nesta semana, da reforma administrativa e início do processo da reforma tributária. Os bancos, com grande peso sobre o índice, puxaram o desempenho positivo, reagindo à expectativa pela retomada econômica e a entrada de capital de estrangeiros. No acumulado de junho, estrangeiros já ingressaram com R$ 6,04 bilhões na B3; no ano, saldo é positivo em R$ 37,42 bilhões.
O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo e sem resistências pela frente ou sinais de possíveis correções.
Indicadores: |
EUA: Banco Mundial divulga relatório sobre perspectivas econômicas |
Câmara dos Deputados: Arthur Lira realiza reunião com todos os líderes da Casa para debater a reforma administrativa |
Alemanha/ZEW: índice de sentimento econômico de junho (6h) |
Zona do euro/Eurostat: PIB do 1TRI (3ª leitura) (6h) |
FGV: IGP-DI de maio (8h) |
FGV: IPC-S da 1ª quadrissemana de junho (8h) |
CPI da Covid: Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, presta novo depoimento (9h) |
IBGE: Vendas no varejo (9h) |
EUA/Dpto Comércio: Balança Comercial de abril (9h30) |
EUA/Dpto Trabalho: Relatório Jolts de emprego em abril (11h) |
EUA/API: Estoques de petróleo e derivados da semana até 28/05 (17h30) |
China/NBS: CPI e PPI de maio (22h30) |
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