A piora das expectativas para o mercado acionário dos EUA impactou os índices, que tiveram perdas de 0,30% do S&P500 aos 3.970,15 pontos, 0,71% do Dow Jones aos 32.656,70 pontos e 0,10% do índice Nasdaq aos 11.455,54 pontos.

Além da pressão negativa sobre o Ibovespa pelo menor apetite ao risco, eventos internos de política também impactaram nosso índice que fechou a terça-feira (28) com uma queda de 0,74% aos 104.932 pontos repercutindo o anúncio da reoneração de combustíveis.

Mercados hoje

Fim da desoneração de combustíveis afeta o mercado

A reoneração dos combustíveis vale a partir de hoje (1) e o valor é menor do que os impostos que valiam antes da desoneração aplicada ainda no governo de Jair Bolsonaro. Haddad apontou que, caso a alíquota fosse retomada de forma integral, o impacto para a gasolina seria de R$ 0,69 e para o etanol, de R$ 0,24. Para compensar a perda de arrecadação, haverá um imposto de 4 meses para exportações de óleo cru, ainda segundo Haddad. A alíquota passa de 0% para 9,2%.

Haddad disse que a reoneração dos combustíveis está alinhada com as atas do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que destacava a necessidade de melhora nas condições fiscais para a redução da taxa básica de juros, a Selic.

“Estamos dando resposta para o setor produtivo de que o governo vai fazer sua parte, esperando que a monetária reaja da maneira como prevista nas atas”, disse o ministro. “Taxas de juros do Brasil são as mais altas no mundo, produzindo efeitos perversos sobre a economia”, acrescentou. Porém o anúncio, realizado dentro do horário de pregão, fez as ações da Petrobrás caírem e as taxas dos contratos futuros futuros encerrarem nas máximas em reação.

Entre outros dados divulgados ontem, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua através do IBGE caiu para 9,2% em 2022 no menor resultado desde 2015.