O Brasil tinha mais de 66 milhões de inadimplentes em abril de 2022, segundo os números mais recentes da Serasa Experian. Entre os consumidores com pagamentos em atraso, a maior parte (28%) tem dívidas com bancos e/ou pendências com cartão de crédito, ainda de acordo com o levantamento.
Veja abaixo 4 dicas dos especialistas em crédito do Banco , do BNP Paribas, sobre como negociar dívidas atrasadas:

Entender o tamanho da dívida
A recomendação é que, no primeiro momento, o mais importante é entender o valor exato da dívida e em que instituição ela está afixada. Somente com esta clareza, será possível realizar os cálculos necessários para tentar uma negociação com as respectivas empresas. Para que o consumidor tenha ciência dessas dívidas com valores atualizados, muitos bancos oferecem consultas online, seja no site ou em aplicativos.
Organizar o orçamento
Os especialistas do Cetelem apontam que tão importante quanto saber o tamanho da dívida é ter em mente o orçamento disponível para arcar com o pagamento da pendência, sejam parcelas mensais ou o valor à vista que for negócio. Eles comentam ainda que esta etapa exige cautela e um profundo conhecimento dos próprios hábitos de consumo.
A recomendação é que o cálculo do dinheiro disponível para o acerto das dívidas seja feito com base no valor que sobra após pagamento dos custos fixos. Em muitos casos, pode ser necessário cortar gastos supérfluos ou apertar um pouco mais o orçamento para que seja possível criar alguma sobra e, então, partir para uma negociação com as empresas.
Negociar e renegociar
Já conhecendo o valor que tem disponível para quitar as pendências, o consumidor pode então procurar as empresas para as quais está devendo e tentar negociar os débitos.
Os especialistas afirmam que o ideal é estabelecer um valor máximo para as parcelas e ter esse número sempre em mente durante as negociações. Eles comentam que é possível fazer simulações de parcelamento direto nos aplicativos e sites de alguns bancos, mas falando com um atendente da empresa ou conversando pessoalmente com o gerente da instituição as condições podem se tornar mais flexíveis.
Não aceitar qualquer proposta
Os especialistas do Cetelem dizem que as empresas e instituições financeiras não sabem qual é exatamente a situação econômica de cada consumidor endividado, por isso podem fazer propostas que fujam completamente do orçamento de cada um.
A dica então é estudar as opções e não aceitar qualquer oferta. O ideal é que as parcelas caibam no orçamento dos clientes, não o contrário. Por isso, a recomendação é negociar incansavelmente até chegar a um acordo satisfatório para as duas partes.