*ARTIGO

O uso de criptomoedas como forma de pagamento tem se tornado cada vez mais popular. De acordo com um recente relatório da PYMTS que entrevistou 2.333 pessoas, 35% dos consumidores “tech-driven” dizer preferir lojas que aceitam criptomoedas, 26% mudariam de marca para comprar onde pagamentos com cripto são aceitos e 23% preferem comprar em locais que aceitam cripto.

A pesquisa também mostrou que mesmo para os consumidores menos familiarizados com a tecnologia, os criptoativos têm se tornado cada vez mais relevantes para o comércio. 

Segundo o estudo, existe uma diferença entre os consumidores “tech-driven” e os “consumidores tradicionais” — que inclui até mesmo investidores. Enquanto os primeiros são mais propensos a usar cripto como investimento ou compra, o segundo grupo prefere usar cripto como ativos de proteção financeira contra a inflação ou até mesmo autoridades centrais.  

Preferência por lojas que aceitam cripto

Os consumidores “tech-driven” representam apenas 15% do mercado geral. Eles são os principais “early adopters”, e também os principais responsáveis por iniciar e impulsionar a inovação tanto nessa quanto em outras tecnologias.

Apesar do bear market em 2022, muitos investidores ainda se mostram otimistas com as perspectivas para o setor em 2023.

Por exemplo, uma pesquisa da Blockchain.com mostrou que 40% dos seus cripto-entrevistados têm intenção de continuar a investir em ativos digitais em 2023.

E, atrelado ao relatório, isso deixa claro como as criptomoedas estão se tornando cada vez mais mainstream e são vistas como uma forma legítima de pagamento, abrindo novas oportunidades para empresas e indivíduos que estão dispostos a se adaptar e aproveitar essa tendência emergente.

Sem dúvidas, ainda há desafios a serem superados, como a falta de regulamentação, a volatilidade dos preços e a grande desconfiança por parte do público leigo em relação às criptomoedas.

Contudo, com o crescimento do interesse dos consumidores e a popularização do uso das criptos, é provável que esses desafios sejam superados em um ritmo mais rápido do que se imagina. Por quê? Pois seus benefícios superam os desafios.

Benefícios x desafios

Apesar das barreiras e preconceitos, o uso de criptomoedas para pagamentos oferece várias vantagens tanto para comerciantes quanto para consumidores.

Comparado aos meios de pagamentos tradicionais, o pagamento feito com cripto confere maior privacidade e anonimato para os usuários, o que é atraente para aqueles que buscam maior segurança e proteção de dados pessoais.

Isso sem contar que as moedas digitais podem ser usadas para transações internacionais sem a necessidade de conversão de moeda, terceirização de serviços ou espera por horas (ou dias) de processamento. O que resulta em economia de tempo e dinheiro para ambos lados.

Ademais, aceitar pagamentos em criptomoedas pode ser uma ótima maneira de negócios melhorarem a experiência do cliente, o que aumenta a eficiência dos negócios e posiciona a empresa como inovadora e aberta a novas tecnologias

Comércio que quiser sair na frente deve se atentar ao novo

É importante destacar que a aceitação de criptomoedas não se limita apenas a lojas de tecnologia. Vários outros setores, incluindo varejo, viagens, imóveis e até mesmo países, como El Salvador com o bitcoin (BTC), também estão começando a aceitar pagamentos em criptos.

Com o potencial de valorização, essa tendência não é passageira e deve continuar a se desenvolver nos próximos anos. Dada sua utilidade cada vez maior, é possível que elas se tornem um componente fundamental da economia global em um futuro muito próximo.

De fato, o futuro das criptomoedas é incerto, mas é inegável que elas estão ganhando cada vez mais espaço no mercado de pagamentos e sua pode trazer inúmeras oportunidades.

Em outras palavras, isso abre novas oportunidades para empresas e indivíduos que estão dispostos a se adaptar e aproveitar essa tendência emergente, e é indispensável considerar a possibilidade de investir ou receber pagamentos através de criptos antes que seja tarde e fique para trás.  

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.