Destaques (José Falcão Castro):
- Hoje, os índices futuros de Nova York tentam uma recuperação após a virada negativa, ontem, com risco de lockdown na cidade. A melhora de humor vem do pacote de socorro: Pelosi reforça que é preciso aprová-lo nesta semana, e a parte principal (US$ 748 bilhões) ganhou consenso ontem;
- Dados de aceleração na China também são positivos, a produção industrial subiu 7% em novembro na base anual e vendas de varejo avançaram 5%;
- Os lockdowns na Europa e na Ásia (Japão, Coreia) pesa na cotação do petróleo e está no radar dos investidores; além disso, a Opep ontem previu demanda menor para 2021 que a projetada anteriormente;
- Os índices futuros se recuperam em NY, Dow Jones (+0,51%), S&P 500 +0,58%, Nasdaq (+0,40%). Mas as bolsas europeias operam mistas: Frankfurt sobe 0,70%, Londres (+0,01%), Paris (+0,40%), Madri (-0,37%), Milão (+0,15%) e Lisboa (-0,62%);
- Aqui, a ata do Copom (8h) pode trazer mais detalhes sobre o fim das forward guidance, antes da participação de Campos Neto em live da Eurasia (10h);
- Ata do Copom, que manteve Selic em 2%, diz que: “há pouca previsibilidade associada à pandemia e ao ajuste de gastos a partir de 2021; embora forward guidance possa ser retirado em breve, não implicaria em alta mecânica de juros.”
Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

- Mesmo com a leve realização do pregão anterior, o fechamento ainda permanece acima do suporte imediato que hoje estaria na faixa dos 113.480 pontos;
- Se fechar abaixo deste nível, temos o próximo suporte importante na faixa dos 108.500;
- A resistência continua sendo o topo histórico, mas com uma barreira intermediária na faixa dos 116.500 pontos.

Cenário macroeconômico (Murilo Breder):

- Na máxima do pregão, o índice até chegou a zerar as perdas do ano, mas acabou firmando no terreno negativo. Dessa forma, o primeiro pregão da semana foi de queda de -0,45% para o Ibovespa pressionado principalmente pelas ações da Vale (VALE3) e siderúrgicas;
- Um dos motivos para o recuo destes setores é a queda de 3% nos contratos futuros de minério de ferro com as siderúrgicas chinesas pedindo a reguladores que investiguem o salto de até 10% nos futuros de minério de ferro negociados na bolsa de Dalian na última sexta-feira;
- Outro motivo para o maior pessimismo nesta segunda (14) é o ruído com a notícia de que a extensão do Auxílio Emergencial poderia ser incluída em um projeto no Senado em meio à falta de perspectiva para a vacinação no Brasil;
- A queda por aqui foi no sentido contrário em relação aos EUA. Por lá, além da expectativa com o início da vacinação, as notícias são de que um programa de estímulos bipartidário de US$ 908 bilhões possa ser apresentado no Congresso ainda nesta segunda, mas dividido em duas partes para aumentar as suas chances de aprovação.
Cenário corporativo (Murilo Breder):
- No cenário corporativo o destaque é para a Oi (OIBR3) vendendo seus ativos móveis e dando mais um passo para deixar recuperação judicial. Os ativos foram vendidos por R$ 16,5 bilhões ao consórcio formado pelo trio Claro, Tim e Vivo. No entanto, dentre as quatro, a única alta do dia foi para as ações da Tim (TIMS3, +0,5%), empresa que mais tem a ganhar com a chegada dos ativos móveis;
- Já a Oi (OIBR3, -6,8%) recuou forte. A queda tem duas explicações possíveis. A primeira é o famoso ‘sobe no boato e cai no fato’. A segunda é uma possível frustração de parte do mercado com a ausência de concorrência. No entanto, isto já era amplamente esperado.
Indicadores |
Brasil: |
Ata do Copom |
IGP-DI (dez) |
EUA: |
Atividade manufatureira (Fed) |
Estoques de petróleo (API) |
Índice Empire State de atividade industrial (Fed de NY) |
Produção Industrial |
Ásia: |
Japão: PMI composto de dezembro |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.