Warren Buffet disse que é provável que mais bancos quebrem nos EUA, mas que os correntistas não precisam temer a perda de seus fundos.
“As quebras de bancos ainda não terminaram”, disse o bilionário e CEO da gigante de investimentos Berkshire Hathaway, em entrevista à CNBC nesta quarta-feira. Decisões erradas de bancos não deveriam “levar ao pânico todos os cidadãos dos EUA com algo sobre o qual eles não precisam entrar em pânico”.
Buffett disse que está disposto a apostar que nenhum correntista perderá dinheiro nos próximos 12 meses. Mesmo assim, o investidor alertou que ações de bancos problemáticos não são investimentos de valor porque os acionistas provavelmente perderão tudo, mesmo que o governo entre para proteger os correntistas.
“Eles não vão salvar os acionistas”, disse Buffett, perguntado se ações de bancos regionais que despencaram, como as do First Republic Bank, seriam uma pechincha.
Buffett disse que a forma como é estruturada a FDIC, a agência responsável pela estabilidade do setor bancário nos EUA, garantirá que o governo federal não perca dinheiro ao intervir em bancos quebrados.
“O público tem a impressão de que a FDIC é o governo dos EUA. Mas os custo da FDIC, incluindo os custo de seus funcionários e tudo mais, são pago pelos bancos. Portanto, os bancos nunca custaram um centavo ao governo federal.”
As vendas de ações de bancos da Berkshire não representam críticas à administração desses bancos, disse Buffett, mas sim seu sentimento de esfriamento do setor de forma mais ampla.
Buffett disse que o Bank of America é um banco de que ele ainda gosta.
“Eu gosto muito do Brian Moynihan”, disse Buffett sobre o CEO do BofA.
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