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3 fatos para hoje: desconto nos preços dos carros; reforma tributária e mais

Mercadante diz que tendência é Venezuela usar energia e petróleo para pagar dívida com Brasil.

A agenda econômica no Brasil segue esvaziada com a divulgação apenas no IGP-DI de maio. Hoje ainda deve repercutir o programa para compra de carro popular com descontos de até R$ 8 mil e de até R$ 99,4 mil para caminhões e ônibus.

Veja abaixo 3 fatos para a manhã desta terça-feira (6):

1 – Concessionárias vão aplicar desconto já nesta 3ª, diz Volkswagen

Primeira montadora a se manifestar após o anúncio das medidas do governo para reduzir os preços dos veículos, a Volkswagen comunicou que todas as suas concessionárias estarão prontas já a partir desta terça-feira (6) para aplicar os preços reduzidos.

Além disso, a montadora informa que vai expandir a oferta e oferecerá bônus de até R$ 5 mil reais ou taxa zero nos financiamentos aos consumidores.

2 – Reforma tributária vai avançar, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na véspera que o relatório da reforma tributária vai avançar e desconversou sobre o governo ajudar a capitalizar o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), que na prática funcionará como compensação para Estados e municípios.

“(A reforma tributária) vai avançar”, disse ao deixar o ministério após reunião com os deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), coordenador e relator do grupo de trabalho da reforma tributária.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 02/05/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino

Mais cedo, Reginaldo Lopes havia afirmado que a criação do FDR e a previsão de convalidação de benefícios constarão das diretrizes que serão apresentadas amanhã. Questionado sobre a fonte de recursos para o fundo, disse que o assunto está sendo conversado, mas que o governo teria “topado” participar do instrumento. “É uma negociação com os governadores”, disse. “Pela primeira vez o governo topa criar o fundo. O governo tem disponibilidade e quer capitalizar o fundo, inicialmente um valor crescente, mas topa participar do fundo e negociar o valor”, disse.

Como o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou, deputados do GT afirmavam, em caráter reservado, que a União já teria aceitado aportar recursos no FDR.

Inicialmente, o FDR seria abastecido pela própria redistribuição de receitas dos entes, a partir da mudança da cobrança de impostos para o destino e não mais na origem. Membros do GT disseram que o valor do fundo ainda está em aberto, mas tem sido discutida a possibilidade de a União aportar algo em torno de R$ 60 bilhões.

3 – Mercadante diz que tendência é Venezuela usar energia e petróleo para pagar dívida com Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira que a Venezuela não tem como pagar em divisas o passivo com governo brasileiro e a tendência seria a quitação em energia elétrica e petróleo.

Segundo Mercadante, os passivos com o BNDES foram quase que integralmente cobertos pela Fundo de Garantia à Exportação, restando uma pequena parcela. O banco informou que a Venezuela recebeu em contratos de apoio à exportação de serviços de engenharia 1,5 bilhão de dólares, sendo que 40 milhões estão em atraso e serão indenizados pelo FGE. O saldo devedor é de 84 milhões de dólares.

Já foram indenizadas pelo FGE 682 milhões de dólares em prestações em atraso.

“Um país não quebra, ele atrasa. Brasil já fez moratória da dívida externa. A Venezuela disse publicamente a disposição de retomar o pagamento, a negociação é diretamente com a Fazenda por conta do Fundo de Garantia à Exportação“, disse Mercadante a jornalistas em evento no banco.

Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante 14/04/2023 REUTERS/Tingshu Wang

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na semana passada que o governo federal criará um grupo de trabalho para consolidar a dívida da Venezuela com o Brasil.

A partir desse diagnóstico, será organizada a programação para o pagamento dos débitos.

O presidente do BNDES destacou o crescimento da economia da Venezuela em 2022, num sinal de que o país poderá encontrar formas de quitar o passivo.

Entre as alternativas estaria o pagamento por meio de petróleo e energia elétrica venezuelanos.

“Eles não têm dólares disponíveis, as reservas cambiais foram apreendidas”, disse.

mercadante

No ano passado, a economia venezuelana cresceu 6%, depois de cair 75% em seis anos.

“É impossível esperar que um país nessa condição de bloqueio econômico e crise do petróleo pudesse honrar esses compromissos“, disse Mercadante. “Energia pode ser considerada como pagamento“, acrescentou.

mercadante

O BNDES financiou nos governos do PT a exportação de serviços de engenharia de empresas brasileiras no exterior. O país onde era executada a obra se responsabilizava pelos financiamentos. Em caso de não pagamento, o FGE era acionado para cobrir o passivo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na última semana com o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, em sua primeira visita ao Brasil desde 2015, e o passivo do país vizinho esteve na mesa de discussões. Ao fim do encontro, Maduro também mencionou a criação da comissão para estabelecer o tamanho da dívida, permitindo a retomada dos pagamentos.

Com Reuters e Estadão

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