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5 fatos para hoje: inflação nos EUA, patentes de vacinas e alta no petróleo

Aumento foi impulsionado pelo otimismo com a retomada da demanda após as restrições provocadas pela pandemia.

5 fatos para hoje: presidente da Petrobras; Conselho da Vale; petróleo da Rússia

1- Não podemos ter reação exagerada aos dados de inflação, alerta Fed

O presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, afirmou nesta quarta-feira, 14, que “não podemos ter reação exagerada aos dados de inflação”, e que o foco da autoridade monetária é atingir as metas de máximo emprego e estabilidade nos preços. “Ainda estamos longe do pleno emprego” nos Estados Unidos, apontou o dirigente. Ele também disse, durante evento da Sociedade Financeira de Rutgers, que “ainda há longo caminho para economia se recuperar e tirarmos estímulos”.

O dirigente acredita que a inflação ficará próxima da meta de uma média de 2%, e que o Fed sabe “lidar” com a situação caso os preços chegarem a ficar muito altos, o que ele não espera que aconteça, apesar da “volatilidade” e “incerteza” do atual cenário. Segundo Williams, a “última década mostrou que podemos ter crescimento forte sem gerar inflação”. Ele também lembrou que “não teremos juros em 0% para sempre. A ajuda para economia não será eterna”.

Ele ressaltou que “tudo depende do vírus e da vacinação”, mas se mostrou otimista com a economia do país. Com a vacinação em progresso contra a covid-19, “temos visão de que voltaremos ao normal em um ano ou dois”, incluindo a retomada empregos aos níveis de antes da crise. Segundo o Williams, antes das vacinas se mostrarem efetivas, chegou a haver um temor de que o impacto negativo da pandemia pudesse durar por mais tempo, mas, com a imunização, o cenário para a retomada se apresenta mais favorável.

2- Preços do petróleo saltam quase 5% com sinais de aumento de demanda

Os preços do petróleo saltaram quase 5% nesta quarta-feira, depois que um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e dados sobre os estoques da commodity nos Estados Unidos deram impulso ao otimismo com a retomada da demanda após os lockdowns relacionados à pandemia de covid-19, que derrubaram o consumo de combustíveis no último ano.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 2,91 dólares, ou 4,6%, a 66,58 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) avançou 2,97 dólares, ou 4,9%, para 63,15 dólares o barril.

Os estoques de petróleo dos EUA recuaram em 5,9 milhões de barris na semana passada, disse a Administração de Informação sobre Energia (AIE), superando as expectativas de analistas, que projetavam uma queda de 2,9 milhões de barris. Os estoques na Costa Leste do país atingiram uma mínima recorde.

3- Ex-líderes mundiais pedem que EUA apoiem quebra de patentes de vacinas da covid

Mais de 60 ex-chefes de Estado, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e mais de 100 vencedores do Prêmio Nobel pediram ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que apoie a quebra de patentes para as vacinas contra covid-19.

Uma renúncia de propriedade intelectual impulsionaria a fabricação de vacinas e aceleraria a resposta à pandemia nos países mais pobres, que terão que esperar anos se isso não ocorrer, disseram eles em uma carta conjunta a Biden enviada a veículos de comunicação nesta quarta-feira.

“O presidente Biden disse que ninguém está seguro até que todos estejam seguros, e agora, com a reunião do G7, há uma oportunidade incomparável de assegurar a liderança que apenas os EUA podem oferecer”, afirmou o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, referindo-se a um futuro encontro dos países mais ricos do mundo.

A carta pede a Biden que apoie uma proposta da África do Sul e da Índia na Organização Mundial do Comércio (OMC) de quebra de patentes relacionadas às vacinas e tratamentos contra covid-19. Afirma que, com base no ritmo atual de produção de vacinas, a maioria das nações pobres terá que esperar até pelo menos 2024 para obter a imunização em massa contra a covid.

4- Decreto inclui Correios no Programa Nacional de Desestatização

O presidente Jair Bolsonaro incluiu os Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND). A inclusão da estatal no programa de privatização do governo foi recomendada pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), em reunião no mês passado. Na semana passada, Bolsonaro já havia aprovado a inclusão da Empresa Brasil e Comunicação (EBC) e da Eletrobras no PND, que também foram objetos de recomendação do CPPI.

A equipe do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) concluiu os primeiros estudos que analisaram modelos de desestatização do mercado postal em outros países e recomendou a empresa para o PND, onde será iniciada a segunda fase dos estudos. O conselho optou pela venda total da empresa, em vez do fatiamento, que poderá ser a venda majoritária (em que o Estado continua como acionista minoritário) ou venda de 100% das ações.

A segunda fase dos estudos será implementada ao longo deste ano pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e detalhará o modelo a ser adotado para a desestatização do setor postal. O governo não apresentou cronograma.

A venda dos Correios depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei (PL) que quebra do monopólio estatal e regulamenta a abertura do mercado postal à iniciativa privada. O texto foi apresentado em fevereiro pelo governo federal.

5- Banco BV engrossa lista de desistências de IPO na B3

Os acionistas do BV, antigo banco Votorantim, seguem com a intenção de levar a instituição à Bolsa, mas vão esperar o cenário melhorar para retomar a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), apurou o Estadão/Broadcast. A instituição engrossa a lista de suspensões de operações da B3, a Bolsa paulista, que já soma cerca de 20 companhias em 2021.

Não há, porém, um prazo estabelecido para que isso ocorra. Na segunda-feira, a operação foi cancelada, conforme fato relevante do Banco do Brasil (BB), que é sócio no negócio ao lado da família Ermírio de Moraes. A decisão veio após as condições gerais do mercado se deteriorarem em meio ao pior momento da pandemia no País, segundo fontes.

O entendimento entre os acionistas do BV, afirmou uma fonte que pediu o anonimato, é de que não há “desespero” para fazer o IPO a qualquer valor, uma vez que o banco é gerador de caixa e não precisa de capital neste momento.

Os fatores que devem ditar a volta do IPO são questões políticas e também a disponibilidade de vacinas, que vem sendo aplicada em ritmo aquém do desejável no Brasil. “O mercado só volta depois que isso estiver encaminhado”, disse. “Pesou a condição de mercado. O valuation (avaliação) não faz sentido”, explicou outra fonte.

(*Com informações de Reuters, Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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