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5 fatos para saber hoje: cai tensão entre EUA e China; e os ‘99%’ do Guedes

Oficiais dos governos americano e chinês fortificam a cooperação entre os dois países; e a declaração de Bolsonaro sobre seu ministro da economia que pode repercutir no mercado.

Bolsonaro e Guedes
(Brasília – DF, 20/02/2020) Lançamento do Crédito Imobiliário com Taxa Fixa..Foto: Marcos Corrêa/PR

1 – EUA e China prometem ampliar cooperação, diz agência estatal chinesa

Negociadores comerciais da China e dos Estados Unidos conversaram por telefone nesta sexta-feira, prometendo criar condições favoráveis para a fase 1 do acordo comercial entre os países, afirmou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

O vice-primeiro-ministro da China, Liu He, conversou com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e com o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, na manhã desta sexta-feira (horário de Pequim), segundo a Xinhua.

Os dois lados prometeram melhorar a cooperação nos âmbitos da saúde pública e da economia, e também criar condições favoráveis para que os países implementem o acordo comercial assinado em janeiro. Também foi acordado que os dois lados manterão comunicação próxima, disse a Xinhua, sem dar mais detalhes.

A ligação veio após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar “terminar” com o acordo se a China não comprasse bens e serviços dos EUA como prometido.

2 – Saudi Aramco eleva preços de petróleo a ser vendido em junho

A petrolífera estatal saudita Saudi Aramco anunciou na quinta-feira (07) que vai elevar o preço do petróleo para quase todos os mercados globais em junho.

Os preços da commodity vendida pela Aramco vão subir no próximo mês para compradores da Ásia, dos EUA, do noroeste da Europa e do Mediterrâneo.

A decisão veio após a Arábia Saudita encerrar uma guerra de preços com a Rússia e se juntar a um acordo histórico encabeçado pela Opep+, grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados (como os russos), para cortar a produção coletiva em 9,7 milhões de barris por dia (bpd), em reação ao violento impacto que a pandemia de coronavírus teve na demanda por petróleo.

3 – Bolsonaro: Guedes é dono de 99% da pauta econômica do governo

“Quase 10 milhões de brasileiros perderam carteira assinada, os informais já perderam 80% do poder aquisitivo, estão sobrevivendo com parcela R$ 600, que depois de dois meses acaba. E não tem essa de fabricar dinheiro, isso não existe, é inflação, caos e miséria”, disse Bolsonaro na entrada do Palácio da Alvorada, ontem à noite.

Em seguida, um apoiador que acompanhava a fala disse que “o Paulo Guedes está de olho”. “O Paulo Guedes é dono de 99% da pauta. Diria até para a imprensa ouvir ali”, reagiu Bolsonaro.

Na quarta-feira (6), o Congresso atropelou medida desenhada por Guedes, de congelamento de salários dos servidores públicos, e reduziu em quase R$ 90 bilhões a economia nos gastos do governo federal, Estados e municípios com a folha de pagamento de pessoal até 2021. A decisão teve aval do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL), que relatou ter conversado com Bolsonaro.

Ontem (7), o presidente disse que vai vetar o trecho do projeto de ajuda aos Estados que abre possibilidade de reajuste salarial para categorias de servidores públicos, mesmo em meio à pandemia de coronavírus. “Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes na economia. Se ele acha que deve vetar, assim será feito”, disse o presidente.

4 – BNDES lança chamada pública para fundos de crédito para microempresas

Na linha de medidas emergenciais para fortalecimento da economia nesse momento de pandemia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou ontem (7) uma chamada pública para seleção de dez fundos de crédito para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e empreendedores individuais. Esses fundos serão selecionados até o dia 30 de junho próximo. O BNDES pretende aportar até R$ 4 bilhões nesses fundos de crédito para as MPMEs, por meio de sua subsidiária de participações acionárias, a BNDESPAR.

O objetivo é proporcionar financiamento a empresas com pouco ou nenhum acesso a crédito bancário, além de aumentar a oferta de canais de financiamento e incentivar a concorrência entre agentes. O BNDES estima alcançar até 100 mil empresas com esta iniciativa.

O diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, Bruno Laskowsky, destacou, em entrevista coletiva pela internet, que essa modalidade de crédito é também estruturante, porque amplia as possibilidades de acesso de crédito para esse segmento econômico e permanecerá após o momento emergencial que o país está vivendo. Além disso, começa a criar as bases para ter um acesso ao crédito mais diversificado e com outros canais que possam trazer a liquidez para o mercado no momento atual e mais à frente.

5 – Municípios começam a receber recursos destinados à assistência social

Recursos da ordem de R$ 600 milhões serão transferidos para a assistência social de todos os municípios, a partir desta sexta-feira (8). A transferência do dinheiro é referente aos meses de abril, maio e junho e será feita pelo Ministério da Cidadania, por meio do Fundo Nacional de Assistência Social, e tem por objetivo proteger a população vulnerável, que mais tem sofrido as consequências da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

“Vamos fazer o pagamento de uma parcela que vai englobar três meses, exatamente para dar condições para o Sistema Único de Assistência Social (Suas). É um exército que chamo ‘do bem’, próximo de 200 mil pessoas que estão em cada canto do Brasil, levando não apenas alimento e prevenção, mas carinho, conforto e estímulo para a população enfrentar este momento”, disse o ministro Onyx Lorenzoni,

Um segundo repasse será feito em 8 de junho, serão mais R$ 600 milhões, referentes aos meses de julho, agosto e setembro. Com isso, o total destinado para o fortalecimento da assistência social, via cofinanciamento do Suas, chegará a R$ 1,2 bilhão. Os recursos foram garantidos na Medida Provisória nº 953, publicada em 16 de abril, que abriu crédito extraordinário de R$ 2,5 bilhões.