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5 fatos para saber hoje: lucro do Itaú cai 43% e reunião do Copom

Maior banco privado do país anunciou uma queda do lucro no primeiro trimestre atribuída à pandemia do coronavírus.

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Copom inicia 3ª reunião do ano sobre Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje, em Brasília, a terceira reunião de 2020 para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 3,75% ao ano. Amanhã (6), após a segunda parte da reunião, será anunciada a taxa.

A mediana (desconsidera os extremos nas estimativas) das projeções das instituições financeiras consultadas pelo BC prevê redução de 0,50 ponto percentual, para 3,25% ao ano, o menor nível da história.

A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.

Lucro do Itaú encolhe 43,1% no 1º tri

O Itaú Unibanco anunciou na noite de ontem um lucro líquido recorrente 43,1% menor no primeiro trimestre deste ano, para R$ 3,912 bilhões, ante o mesmo intervalo de 2019, impactado pelo aumento do custo de crédito que quase dobrou no período devido à pandemia do novo coronavírus. Em relação aos três meses anteriores, a retração foi ainda mais intensa, de 46,4%.

A queda do lucro do maior banco da América Latina ocorreu em meio aos maiores gastos com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, que cresceram em mais de R$ 4 bilhões no primeiro trimestre para suportar um reforço superior a R$ 7 bilhões no colchão para perdas. Como consequência, o custo de crédito da instituição atingiu R$ 10,1 bilhões no primeiro trimestre, salto de 73,6% quando comparado ao quarto trimestre de 2019.

O presidente do Itaú, Candido Bracher, destacou que o banco está com seus esforços voltados para apoiar os clientes na crise e no “longo período de recuperação que virá”, mas que, para isso, o reforço de provisões foi necessário. “É fundamental manter um balanço forte e é com este objetivo que incrementamos significativamente nosso nível de provisões”, justifica o executivo, em nota à imprensa.

O reforço nas provisões também impactou de forma negativa a rentabilidade do banco. O indicador (medido pelo ROE, na sigla em inglês) foi de 12,8% no primeiro trimestre contra 23,7% no quarto. Há um ano, estava em 23,6%. A carteira de crédito total do Itaú somava R$ 769,216 bilhões ao fim de março, elevação de 8,9% na comparação com dezembro como reflexo da maior demanda pelo novo coronavírus. Em um ano, os empréstimos tiveram incremento de 18,9%.

O aumento do crédito foi impulsionado pelo desempenho da carteira de crédito para grandes empresas, que se apressaram em reforçar liquidez diante da pandemia. Segundo o banco, em março, quando a crise se intensificou no País, a originação de crédito para o atacado dobrou em relação ao mês anterior.

A pandemia também fez o Itaú suspender as projeções de desempenho divulgadas para 2020. “A Administração entende ser prudente não divulgar novas projeções neste momento, até ser possível ter uma maior precisão sobre os impactos e extensão da situação atual em nossas operações”, informa o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

IPC-S tem deflação nas 7 capitais em abril

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) perdeu força em todas as sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) no fechamento de abril, informou nesta terça-feira, 5, a instituição. O indicador encerrou o mês em deflação de 0,18%, mostrando alívio tanto frente ao fechamento de março (0,34%), quanto ante a divulgação anterior (0,07%).

Na comparação com a terceira quadrissemana do mês, a maior queda aconteceu em Belo Horizonte, que encerrou abril com deflação de 0,16%, ante taxa anterior positiva de 0,29%. Em seguida, vêm Brasília (-0,38% para -0,71%) e São Paulo (-0,13% para -0,46%), ambas com queda de 0,33 ponto porcentual nas suas taxas. As demais reduções nas taxas ocorreram no Rio de Janeiro (0,34% para 0,16%), Porto Alegre (0,42% para 0,27%), Salvador (-0,04% para -0,16%) e Recife (0,09% para -0,01%).

Venda de carros desaba

Com apenas 55,7 mil veículos novos vendidos em abril, o mercado brasileiro registrou o pior resultado mensal para o setor desde fevereiro de 1999. No mês passado, o primeiro completo de medidas restritivas por causa da pandemia do coronavírus, os negócios caíram 76% em relação a abril do ano passado e 66% ante março, quando começaram as limitações para indústria e comércio.

Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caíram 27% na comparação com o mesmo período de 2019, com 613,8 mil unidades. “Voltamos aos números de 28 anos atrás; isso é de machucar”, diz o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Júnior.

Segundo ele, o baixo desempenho das vendas é resultado do fechamento das concessionárias, principalmente em São Paulo, que há um ano respondia por 26% do mercado de veículos no País. Em abril, essa participação foi de 0,9%. “Se essa situação se manter, cerca de 30% das revendas vão falir”, prevê. O setor contabiliza 7,3 mil lojas, incluindo as de motos e máquinas agrícolas.

Petrobras retoma venda da Gaspetro

A Petrobras anunciou nessa segunda-feira (4) a reabertura do processo de venda de sua participação na Petrobras Gás S.A. (Gaspetro). A estatal petrolífera tem atualmente 51% de participação na Gaspetro. Os 49% restantes são de propriedade da Mitsui Gás e Energia do Brasil.

A fase de análise e habilitação de potenciais compradores se estenderá até o próximo dia 15, segundo nota divulgada ontem. A venda da participação na Gaspetro faz parte da estratégia de desinvestimento da Petrobras, que tem por objetivo melhorar a alocação de capital da empresa e ampliar valor para seus acionistas.

A Gaspetro tem participação societária em diversas companhias distribuidoras de gás natural, localizadas em todas as regiões do Brasil. Em 2019, o volume total de gás distribuído foi de 29 milhões de metros cúbicos por dia, atendendo cerca de 500 mil clientes por meio de uma rede de distribuição de mais de 10 mil quilômetros de gasodutos.

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