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Ficou sabendo? 1º caso de insider trading com NFTs; greenwashing no DWS e mais

Promotores dos EUA acusaram um ex-gerente de produto da OpenSea, o maior marketplace de tokens não fungíveis do mundo de insider trading.

REUTERS/Florence Lo

Ex-funcionário da OpenSea é processado em primeiro caso de insider trading com NFTs

Promotores dos Estados Unidos em Manhattan acusaram nesta quarta-feira um ex-gerente de produto da OpenSea, o maior marketplace de tokens não fungíveis (NFT, na sigla em inglês) do mundo, de insider trading, no primeiro caso do tipo envolvendo NFTs.

Os tokens não fungíveis são ativos digitais exclusivos, que refletem a propriedade de arquivos como obras de arte, imagens, vídeos e texto, registrados em uma blockchain.

Nathaniel Chastain, de 31 anos, de Manhattan, foi acusado de comprar secretamente 45 NFTs em 11 ocasiões diferentes com base em informações confidenciais de que os tokens, ou outros do mesmo criador, em breve seriam apresentados na página inicial da OpenSea.

“Quando soubemos do comportamento de Nate, iniciamos uma investigação e finalmente pedimos que ele deixasse a empresa”, disse a OpenSea em comunicado sobre Chastain. “Seu comportamento violou nossas políticas de funcionários e está em conflito direto com nossos valores e princípios fundamentais”, acrescentou.

Os promotores disseram que Chastain escolhia quais NFTs destacar na página inicial e vendia os ativos logo após serem apresentados, normalmente por duas a cinco vezes o que ele pagava.

Em um exemplo, Chastain supostamente mais do que quadruplicou seu dinheiro comprando o NFT “Spectrum of a Ramenfication Theory” em 14 de setembro de 2021 e vendendo-o no início da manhã seguinte.

Os promotores disseram que o esquema ocorreu de junho a setembro de 2021, e que as transações ocorriam por meio de carteiras e contas anônimas de moeda digital na OpenSea.

Chastain declarou-se inocente nesta quarta-feira de acusações de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, cada uma com pena máxima de 20 anos de prisão, perante a juíza Barbara Moses, em Manhattan.

A fiança foi fixada em 100.000 dólares. O advogado de Chastain não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

“NFTs podem ser novas, mas esse tipo de esquema criminoso não é”, disse o procurador em Manhattan Damian Williams em comunicado.

O mercado de NFT totalizou cerca de 40 bilhões de dólares em 2021 e mais de 37 bilhões de dólares de janeiro a abril de 2022, embora a atividade de transações esteja se estabilizando, de acordo com a empresa de dados de blockchain Chainalysis.

GPA receberá quase R$390 mi em venda de ações para controlada Éxito

O GPA divulgou nesta quarta-feira que deverá receber cerca de 390 milhões de reais até o final do segundo trimestre por conta de participação em um plano de recompra de ações de sua controlada colombiana Éxito.

A rede de varejo dona da bandeira Pão de Açúcar (PCAR3) é controladora de 96,57% do capital social da colombiana e o plano de recompra do Éxito permite que cada acionista venda até 3,4% de sua participação na empresa.

“Considerando o valor de venda de cada ação, o valor bruto total de venda equivalerá a aproximadamente 386,7 milhões de reais”, afirmou o GPA em fato relevante ao mercado.

A venda vai envolver 14.696.725 ações do Éxito e o GPA afirmou que a operação não vai afetar sua condição de controlador da rede colombiana.

No comunicado ao fato relevante ao mercado, o GPA afirmou que decidiu participar da recompra “dada a alta valorização de Éxito em virtude do preço sugerido de suas ações”. A recompra, segundo comunicado do grupo colombiano ao mercado em 25 de maio, será feita por 21.000 pesos colombianos ante cotação de fechamento nesta terça-feira de 12.870.

A ação do Éxito desde o final de novembro de 2019, quando o GPA anunciou que o grupo colombiano aceitou a oferta de compra, acumula 17,5% de desvalorização até o fechamento desta quarta-feira, segundo dados da Refinitiv.

Diretor de gestora do Deutsche Bank deixa cargo após acusações de “greenwashing”

O presidente-executivo da principal gestora de ativos alemã DWS deixará o cargo na próxima semana, disse ele nesta quarta-feira, um dia após operações de promotores que afirmam que a empresa enganou investidores sobre investimentos “verdes”.

As operações e a saída do presidente-executivo da DWS, Asoka Woehrmann, marcam outro revés para o Deutsche Bank, acionista majoritário da DWS, que vem tentando superar episódios de violações regulatórias, incluindo lavagem de dinheiro e venda indevida de títulos, que geraram bilhões em multas ao grupo.

Autoridades alemãs e norte-americanas estão investigando relatórios e alegações de que a DWS exagerou nas credenciais verdes dos investimentos que vendeu – uma prática conhecida como “greenwashing”. A DWS tem negado repetidamente que tenha enganado os investidores.

A mudança de gestão na DWS estava em andamento há algum tempo, mas acabou sendo consumada em reuniões na noite de terça-feira, após as operações das autoridades, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto.

Na terça-feira, promotores alemães disseram que “surgiram evidências factuais suficientes” para mostrar que fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) foram levados em consideração em uma minoria de investimentos, “mas não foram levados em consideração em um grande número de investimentos”, ao contrário das declarações nos prospectos de venda de fundos da DWS.

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) e a agência financeira alemã BaFin lançaram no ano passado investigações separadas sobre as acusações feitas pelo denunciante, um ex-chefe de sustentabilidade da DWS. Ele afirmou que a empresa exagerou sobre critérios de investimento sustentável em seus projetos.

As ações da DWS caíram 26% desde que as investigações da SEC e da BaFin foram divulgadas em agosto do ano passado. Os papéis mostravam baixa de cerca de 7% nesta quarta-feira.

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