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Morning Call: PCE em destaque faz pré-mercados devolverem ganhos de ontem

Depois de dados conflitantes mostrarem o PIB dos EUA crescer abaixo do esperado e pedidos de seguro-desemprego não subirem, o mercado volta a atenção ao PCE, índice de preços preferido pelo Fed para basear sua política monetária.

Depois da quinta-feira (23) de alívio, os índices norte-americanos fecharam em alta de 0,53% do S&P 500, 0,33% do Dow Jones e 0,72% do Nasdaq mesmo com investidores preocupados com o aperto monetário pelo Fed após dados econômicos. O PIB no 4T22 dos EUA registrou um crescimento de 2,7%, resultado levemente abaixo dos 2,9% esperados pelo mercado, enquanto os pedidos iniciais por seguro-desemprego contrariaram as expectativas de mercado de uma redução dos 195 mil para 200 mil e tiveram uma queda aos 192 mil.

Mercados hoje

  • Ásia: Com queda em quase todas as bolsas, os índices asiáticos tem queda em sua maioria com as baixas de 1,68% de Hang Seng, 0,62% de Shanghai, 0,71% do Taiex e 0,63% do KOSPI enquanto a exceção é o Nikkei, que registrou ganhos de 1,29%, após o presidente indicado para o Banco Central do Japão, Kazuo Ueda, sinalizar a intenção de continuar a política monetária atual e discursar no Parlamento japonês que a inflação no país deverá desacelerar.
  • Europa: Os índices europeus operam em alta majoritária por conta da melhora do humor dos investidores globais mas pesa também a divulgação do PIB alemão que encolheu 0,4% no 4T22, queda maior do que a contração esperada de 0,2%. O índice alemão DAX reage com queda de 0,17% e o Euro Stoxx tem baixa de 0,09% enquanto as altas na região são de 0,35% do FTSE, 0,06% do CAC e 0,50% do IBEX.
  • EUA: Os pré-mercados norte-americanos voltam a recuar nesta manhã com as quedas de 0,71% do Nasdaq, 0,40% do S&P 500 e 0,30% do Dow Jones após a divulgação de ontem de dados econômicos mostrando um mercado de trabalho aquecido porém com PIB crescendo abaixo do esperado enquanto investidores acompanham hoje a divulgação do PCE, Índice de Preços favorito do Fed para planejamento da sua política monetária nos EUA. As projeções do mercado indicam um crescimento de 0,4% no núcleo do índice que desaceleraria a alta em 12 meses de 4,4% para 4,3%, enquanto os gastos pessoais, outro dado importante, devem crescer 1,3% no mês de acordo com as expectativas de mercado. Mais tarde as vendas de novas casas em janeiro serão divulgadas com expectativas de um crescimento de 0,65% das 616 mil para 620 mil e por último, o discurso de Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, estará em destaque no dia.

IPCA-15, Vaca louca e desoneração de combustíveis

O Ibovespa encerrou a quinta-feira (23) com alta de 0,41% aos 107.593 pontos. Entre os destaques do dia, o Ministério da Agricultura confirmou o caso de mal da  ‘vaca louca’ que estava sob investigação em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), nome científico do mal da “vaca louca”, foi registrado em apenas um animal de nove anos, já abatido, e que fazia parte de um rebanho de 60. Os demais estão isolados na pequena propriedade.

Pelos exames já realizados, o touro apresentava degeneração cerebral, por ser um animal mais velho, e desenvolveu a doença. Segundo o Mapa, não houve nenhum tipo de contaminação, até porque os animais eram criados em pastos, sem uso de ração animal. Por isso, a ocorrência tem sido tratada como um caso atípico, ou seja, isolado, e não um tipo “clássico” que envolva a contaminação de um rebanho.

Com a agenda de indicadores econômicos vazia, o destaque fica para a divulgação do IPCA-15 que, de acordo com consenso da Refinitiv, devem ter uma alta de 0,72% em fevereiro após a alta de 0,55% em janeiro, desacelerando a alta em 12 meses de 5,87% para 5,60% caso as expectativas se confirmem.

E a reunião do presidente Lula com o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que estava marcada para ontem (23) foi transferida para esta sexta-feira (24). Entre as possíveis pautas, o impacto da reoneração sobre combustíveis deve ser tratada, uma vez que a permanência da desoneração afetaria a arrecadação do governo enquanto o seu fim poderia voltar a pressionar a inflação. Alguns economistas projetam um IPCA acima de 6% em 2023 caso a tributação retorne, de acordo com o Valor, enquanto o economista André Braz, da FGV Ibre, acredita na possibilidade de um impacto próximo de 0,5 ponto percentual no IPCA a partir de março.

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