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Profissões em alta para 2023: confira 55 cargos promissores

Levantamento da Robert Half mostra quais posições devem ser as mais demandadas para o ano que vem em oito áreas.

Com a recuperação do mercado de trabalho brasileiro, impactado pela pandemia de covid-19, executivos estão mais otimistas com o ano que vem e planejam acelerar contratações. É o que mostra o Guia Salarial 2023, elaborado pela empresa de recrutamento Robert Half, que apontou quais podem ser as profissões em alta para 2023 nas áreas de seguros, direito, mercado financeiro, engenharia, recursos humanos, tecnologia, vendas e marketing e finanças e contabilidade.

De acordo com Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul, apesar das perspectivas positivas, acontecimentos mundiais e locais geraram inseguranças que ainda não estão sanadas, não permitindo alterações significativas em salários.

“Não há como negar o aquecimento do mercado. Por outro lado, é evidente que a soma de uma série de acontecimentos globais nos inseriu em uma atmosfera de insegurança que ainda não se estabilizou por completo. No Brasil, soma-se à equação a proximidade das eleições presidenciais, que tendem a motivar passos mais conservadores por parte das empresas. Por essas razões, para o próximo ano não devemos observar mudanças ‘gritantes’ nos salários”, avaliou Mantovani em nota.

Profissões em alta para 2023

Confira quais são as posições que podem ser mais demandadas no ano que vem, os segmentos que lideram contratações e habilidades técnicas e comportamentais mais demandadas, a partir das oito áreas de pesquisa da Robert Half:

Engenharia

  • Gerente de supply chain
  • Comprador
  • Engenheiro de Aplicação/Vendas
  • Gerente de projetos/PMO
  • Gerente de vendas técnicas
  • Coordenador de S&OP
  • Engenheiro de EHS/ESG

Segmentos que lideram as contratações: saúde, bens de consumo, tecnologia, kogística, infraestrutura, varejo e energia.

Habilidades técnicas: idiomas, domínio de sistema de gestão integrada, tech skills, inovação.

Habilidades comportamentais: perfil analítico, facilitador, equilíbrio emocional, comunicação, adaptabilidade/flexibilidade, senso de dono.

Carreiras do futuro: engenheiro de ESG, gerente de ESG, engenheiro de dados, engenheiro de inovação, engenheiro de Firmware, especialista de melhoria contínua/Lean/Indústria 4.0.

Finanças e contabilidade

  • Coordenador de planejamento/controladoria
  • Coordenador de modelagem financeira/M&A/RI/tesouraria estruturada
  • Controller
  • Gerente de auditoria/controles internos

Segmentos que lideram as contratações: infraestrutura (logística/energia/concessões), serviços (educação/telecom), farmacêutico/healthcare, agronegócio, bens de consumo e tecnologia.

Áreas mais demandadas: planejamento financeiro/controladoria, modelagem financeira, contábil/fiscal (coordenador/gerente), controller, tesouraria/financeiro.

Habilidades técnicas: automatização de processos, Excel e BI, modelagem financeira e valuation, ERP de mercado, Inglês.

Habilidades comportamentais: flexibilidade, adaptabilidade, dinamismo, resiliência, comunicação, relacionamento interpessoal.

Jurídico

Para escritórios:

  • Advogados especialistas em operações de M&A (pleno e sênior)
  • Advogados de societário e contratos (pleno e sênior)
  • Advogados de consultivo tributário (pleno e sênior)
  • Advogados de contencioso cível (pleno e sênior)

Para empresas:

  • Advogados generalistas (pleno a diretor)
  • Advogados especializados em contratos (pleno)
  • Advogados de compliance/LGPD
  • Advogados de banking e operações estruturadas

Segmentos que lideram as contratações: tecnologia, varejo/e-commerce, serviços, bens de consumo, agronegócios.

Habilidades técnicas: visão preventiva, visão analítica, inglês fluente, perfil inovador, habilidades híbridas aplicadas à área.

Habilidades comportamentais: visão de negócio, adaptação/flexibilidade, agilidade, resiliência/inteligência emocional, comunicação/gerenciamento de conflitos, senso de dono/responsabilidade.

Mercado financeiro

  • RM Private
  • M&A (analistas/associados/vp)
  • Crédito corporate (analistas/especialistas)
  • Finanças (diretores/gerentes)
  • Profissionais de áreas regulatórias (analistas/especialistas/gerentes/diretores)
  • RM corporate
  • ESG (analistas/especialistas/gerentes)

Segmentos que lideram as contratações: fundos de private equity, assets, bancos de investimentos, meios de pagamentos, fintechs.

Habilidades técnicas: capacidade de originação de negócios, atualizações tecnológicas, capacidade analítica, fluência em outros idiomas.

Certificações mais exigidas: CFA, CGA, CFP, Ancord.

Habilidades comportamentais: flexibilidade, adaptabilidade, senso de dono, comunicação assertiva.

Recursos Humanos

  • Remuneração e benefícios (analistas sênior/especialistas/coordenadores)
  • Desenvolvimento humano e organizacional
  • Gerente de RH
  • Gerente de DHO
  • Diretor de RH
  • Tech recruiter

Segmentos que lideram as contratações:  startups, infraestrutura (logística/energia/concessões), serviços (educação/telecom), tecnologia, bens de consumo.

Habilidades técnicas: estratégias de remuneração, universidade corporativa, desenvolvimento de liderança, retenção/engajamento/cultura, inglês fluente, estratégias de R&S.

Habilidades comportamentais: comunicação, relacionamento interpessoal, foco em soluções, visão analítica, visão de negócios.

Profissões do futuro: people analytics, change management, diversidade e inclusão, DHO com foco em coach de liderança.

Seguros

  • Finanças (analistas/gerentes)
  • Atuarial (analistas/especialistas)
  • Data analytics (analistas/especialistas)
  • Comercial (gerentes)

Segmentos que lideram as contratações: operadoras de saúde, seguradoras – grandes riscos, corretoras, insurtechs.

Habilidades técnicas: atualizações tecnológicas, capacidade analítica, capacidade de identificação de negócios, fluência em outros idiomas.

Habilidades comportamentais: comunicação, visão estratégica, flexibilidade, adaptabilidade.

Tecnologia

  • Gerentes generalistas/heads de TI
  • Profissional de infraestrutura (analistas e coordenadores)
  • Profissional de segurança da informação (especialistas a gerentes)
  • Desenvolver Back-End (pleno e sênior)
  • DeVops
  • Arquiteto de soluções
  • Tech lead
  • Desenvolvedor RPA
  • Desenvolvedor full stack (pleno e sênior)
  • Desenvolvedor Back-End (pleno e sênior)
  • Desenvolvedor Front-End (sênior)
  • Segmentos que lideram as contratações: tecnologia, mercado financeiro, varejo, startups, logística, infraestrutura, educação, saúde, bens de consumo;
  • Habilidades técnicas: para Infraestrutura: Cloud, VMware, Active Directory, Windows Server, VPN / Para segurança da informação: preventivo e gestão pós-ataque, antivírus, análise de vulnerabilidade, conhecimento e adequação à LGPD, conhecimento da ISO 27001 / Para Desenvolvedores: Java, .Net, Phyton, React, Angular, Vue.js, Javascript, HTML, Kotlin, Flutter, Swift, PHP / Para todos: conhecimento em metodologias ágeis, inglês fluente;
  • Certificações mais exigidas: Infraestrutura: COBIT, CCPV / Redes: CCNA, CCNP, ITIL, CISCO / Segurança: ISO 27001, PCIDSS, CISSP, compPTIA / Cloud: Azure, AWS, GoogleCloud;
  • Habilidades comportamentais: comunicação, autogerenciamento, relacionamento interpessoal, liderança, flexibilidade, hands-on/mão na massa, gestão sem perder a característica técnica;
  • Habilidades comportamentais: visão de negócios, comunicação, relacionamento interpessoal, agilidade e inovação;
  • Profissões do futuro: Segurança da Informação, DevOps/DevSecOps, Inovação/Digital, Machine Learning, Profissionais de dados, Arquiteto de Soluções, Tech Lead, Desenvolvedor RPA.

Vendas e marketing

  • Executivo de contas
  • Coordenador de marketing digital
  • Gerente de e-commerce
  • Gerente de marketing digital
  • CRM-CX
  • Vendas internas
  • Analista de inteligência de mercado
  • Analista de inteligência de negócios

Segmentos que lideram as contratações: bens de consumo, varejo, tecnologia, startups, healthcare, agronegócio, logística;

Habilidades técnicas: inglês (espanhol é um diferencial), tech skills, marketing digital, visão de negócios, gestão financeira/rentabilidade, controle de indicadores, funil de vendas;

Habilidades comportamentais: comunicação, equilíbrio emocional, flexibilidade, criatividade/Inovação, teamwork, senso de dono, resiliência;

Profissões do futuro: analista martech, estrutura ligada a produtos digitais, analista de inteligência de mercado, SDR e BDR;

Habilidades sob demanda

Mulher em reunião de trabalho com homens

O Guia Salarial 2023 levantou também as cinco habilidades mais valorizadas no mercado corporativo, que tem exigido características que vão além das habilidades técnicas. Confira quais são:

  • Flexibilidade: competência de adaptação às mudanças de cenário, regras e demandas, exercendo funções requisitadas de forma comprometida e proativa com o perfil da organização;
  • Comunicação: ato de saber ouvir e se comunicar de forma clara e objetiva, auxiliando na absorção, organização e compartilhamento de informações;
  • Adaptabilidade/resiliência: habilidade de superar e se reinventar diante de qualquer adversidade, mantendo atividades em funcionamento mesmo em momentos de crise;
  • Senso de dono: capacidade de se colocar como “sócio” da empresa, com postura ativa para apresentar soluções que possam viabilizar ou facilitar o exercício da atividade e expandir os negócios;
  • Visão estratégica: característica de estudar, de forma curiosa e detalhada, os dados e informações disponíveis, analisando o cenário antes de qualquer tomada de decisão.

Flexibilidade: palavra da vez  

Segundo a Robert Half, em virtude da baixa taxa de desemprego entre profissionais qualificados, o mercado presencia uma quantidade muito próxima de vagas para candidatos. Assim, além de ganhar mais poder de negociação, os profissionais também estão mais convictos e exigentes em suas prioridades. 

“Hoje, os profissionais qualificados são protagonistas do mercado de trabalho. Não é à toa que o primeiro questionamento feito nas entrevistas atualmente é com relação ao modelo de trabalho. Boa parte dos candidatos opta por deixar de participar de processos caso a empresa não ofereça flexibilidade. Compreender que a escolha da modalidade está intrinsecamente ligada à atração e retenção de talentos é fundamental”, enfatizou em nota Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half.  

De acordo com o Guia Salarial 2023, para 77% dos trabalhadores, o modelo de trabalho ideal é o híbrido, independentemente da quantidade de dias no escritório. Já 17% gostariam de seguir em modelo 100% remoto e apenas 6% em regime integralmente presencial.

“Por mais desafiador que o processo de implementação do modelo híbrido possa ser, é importante encará-lo como um reflexo dos novos tempos. Caminhar no sentido inverso sem uma justificativa plausível é se prender a uma realidade que não dá indícios de retorno”, ressaltou Mantovani em nota. 

Desafios de atração e retenção  

O levantamento feito pela Robert Half apontou ainda que verifica-se que 94% dos executivos está mais confiante na comparação com os últimos 12 meses, o que incentiva a abertura de novas vagas de trabalho: 47% das empresas pretendem abrir novas posições, outros 47% planejam preencher posições abertas, mas sem aumentar o número de funcionários na empresa.

No entanto, de acordo com a empresa de recrutamento, as companhias estão se deparando com dificuldades, visto que a taxa de desemprego segue caindo e os bons talentos, que não estão tão disponíveis, muitas vezes lidam com mais de uma proposta em mãos, especialmente em mercados e cargos mais aquecidos. 

Conforme revela a pesquisa Guia Salarial 2023, 68% dos executivos acredita que encontrar profissionais qualificados será mais desafiador e 76% estão preocupados com o tema de atração.

Já com relação à retenção, 84% das empresas estão, em algum nível, preocupadas com a permanência de seus melhores talentos. Dentre elas, 35% estão muito preocupadas e 48% estão um pouco. Apenas 17% se definem completamente despreocupadas. 

Segundo a Robert Half, para driblar os desafios de atração, as principais ações que as empresas têm adotado para chamar a atenção de candidatos são: destacar oportunidades de desenvolvimento/treinamento, especificar que o trabalho é remoto e/ou flexível no anúncio, promover valores da marca e ética, oferecer participação/ações da companhia e reforçar os programas de RH, como licença parental, práticas ESG, etc.

Já dentre os motivos que justificam o receio no que diz respeito à retenção, estão, segundo a empresa de recrutamento: abordagem agressiva da concorrência, altas cargas de trabalho e aumento da pressão, baixas oportunidades de crescimento/desenvolvimento, falta de flexibilidade com modelos de trabalho e horários.  

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