A declaração abriu espaço para otimismo em relação às aeronaves da Embraer, já que os EUA não fabricam jatos regionais com as mesmas características dos modelos brasileiros. Os investidores também ficaram atentos às notícias de que o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda a pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, tem negociado diretamente com Lutnick em busca de diminuir os impactos das tarifas. Diante do risco à balança comercial, o governo Lula tenta preservar setores considerados estratégicos, como o agronegócio e a indústria aeronáutica.
Do lado das iniciativas internas para reduzir o impacto de uma eventual tarifa padrão de 50% que pode começar a valer na sexta-feira, dia primeiro de agosto, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o governo pode oferecer crédito e financiamento à Embraer. “O que estiver ao nosso alcance será feito”, disse.
Outro ponto em que investidores têm se agarrado é que no acordo entre EUA e União Europeia firmado em dia 27 de julho, o governo americano isentou aeronaves e peças aeroespaciais vindas da Europa, fruto do lobby da indústria americana. Enquanto isso, a China já acena com a disposição de negociar a compra de produtos brasileiros que podem perder competitividade diante do tarifaço.