Um número recorde de gestores de fundos considera que as ações dos Estados Unidos estão caras após o forte rali desde as mínimas de abril, de acordo com uma pesquisa mensal do Bank of America.

Cerca de 91% dos participantes indicaram que as ações americanas estão supervalorizadas, a maior proporção já registrada em dados desde 2001. Embora a alocação dos investidores em ações globais tenha subido para o nível mais alto desde fevereiro, 16% ainda estavam underweight sobre os EUA, mostrou a pesquisa.

O sentimento geral melhorou para o nível mais otimista em seis meses, desde antes das tarifas abrangentes do presidente americano Donald Trump abalarem os mercados financeiros e alimentarem preocupações sobre uma recessão.

O estrategista do BofA, Michael Hartnett, disse que os investidores agora veem a menor probabilidade de um pouso forçado desde janeiro.

Máximas das ações americanas

As ações dos EUA atingiram máximas recordes com sinais de um desempenho melhor do que o esperado dos lucros corporativos da temporada de balanços e otimismo em relação à expectativa de que o Federal Reserve vai diminuir as taxas de juros, conforme o crescimento econômico desacelera. Isso levou analistas de mercado, incluindo o Citigroup, a se tornarem mais otimistas quanto à trajetória do S&P 500 no segundo semestre.

Ainda assim, alguns estrategistas, como Hartnett, do BofA, alertaram que o rali corre o risco de superaquecer e se transformar em uma bolha, diante da potencial flexibilização tanto da política monetária quanto da regulamentação financeira.

A pesquisa do banco mostrou que os níveis de caixa como porcentagem do total de ativos permaneceram em 3,9%, um nível consistente com o chamado sinal de venda para ações.