A iminência da mudança de rumo da política monetária dos EUA que, nas apostas do mercado, deve ocorrer nesta quarta-feira (15) trouxe um pouco mais de fôlego para a bolsa brasileira. Na segunda-feira (14), o Ibovespa já havia renovado o recorde nominal ao alcançar 143.546,50 pontos. A marca, no entanto, teve vida efêmera: apenas um dia.
Nesta terça-feira (15) o índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 0,43%, a 144.165,70 pontos, e registrou a nova máxima histórica. No melhor momento do pregão, o referencial chegou a subir para 144.584,10 pontos.
Apesar do novo recorde, parte dos investidores mantiveram uma postura de cautela, como indica o volume negociado de R$ 18,56 bilhões, abaixo da média de R$ 23,6 bilhões diários em 2025.
Já o dólar recuou pela quinta sessão consecutiva. A moeda americana encerrou a terça-feira em queda de 0,44%, aos R$ 5,2987. Trata-se da menor cotaçnao desde 6 de junho de 2024, quando fechou abaixo de R$ 5,25.
Em 2025, o dólar acumula queda de 14,25%.
Lá fora, a ansiedade substituiu a euforia. Os três principais índices acionários de Nova York terminaram em baixa. O S&P 500 perdeu 0,14%, para 6.606,28 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq registrou variação negativa de 0,07%, para 22.333,15 pontos. O Dow Jones caiu 0,27%, para 45.761,49 pontos.
Os investidores projetam um corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed, que encerra sua reunião de dois dias na quarta-feira. A visão é de que o BC dos EUA terá de cortas os juros como forma de prevenir uma deterioração mais acentuada do mercado de trabalho americano.