A surpresa com a antecipação da assinatura da ordem executiva impondo as tarifas de 50% – prevista para a sexta-feira – sobre o Brasil, escondia outra surpresa: a isenção de produtos considerados estratégicos para a economia dos EUA. Foram poupados da medida sucos de laranja, diferentes tipos de celulose e aeronaves civis, além de suas peças e componentes.

O resultado foi especialmente relevante para a Embraer, já que a tarifa não se aplica a jatos, motores, simuladores e demais itens da aviação civil. O comportamento da ação ordinária (ON) da fabricante refletiu inicialmente o choque com a antecipação das tarifas, mas logo disparou: às 16h20, a ação era negociada a R$ 74,99, uma alta de 9,09%.

A Suzano, que também escapou da tarifa, sobe 1,66%, a R$ 52,83. E a Klabin ganhava 1,36%, para R$ 3,72.

Diante do alívio sentido por algumas das empresas com grande peso sobre o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira inverteu o sinal e passou a subir. Às 16h11, o ganho era de 0,51%.

O dólar teve duas reações: assim que saíram as notícias sobre a ordem executiva, a cotação chegou a R$ 5,63. Mas com os atenuantes do tarifaço, a moeda americana chegou a uma mínima de R$ 5,5380, mas a queda se moderou após o ímpeto inicial. Por volta de 16h15, o dólar caía 0,19%. R$ 5,5631.