Para efeitos de comparação, o Ibovespa tem leve alta de 0,07%, aos 132.532 pontos. Os resultados trimestrais da RD Saúde serão divulgados nesta terça-feira (5), após o fechamento do pregão.
Começaram hoje as vendas das primeiras canetas contra obesidade e diabetes com produção 100% nacional pela farmacêutica EMS, conforme anunciado na semana passada. As redes de farmácias passam a comercializar os medicamentos no Sul e Sudeste, entre elas a RD Saúde.
O Olire, que chega às farmácias, usa a liraglutida, mesmo princípio ativo do Saxenda, da Novo Nordisk, cuja patente expirou no Brasil no fim do ano passado. O fármaco é uma versão anterior à da semaglutida, presente no Ozempic e no Wegovy, mas pode antecipar o que esperar quando os genéricos do Ozempic chegarem ao mercado no ano que vem. Essa é a visão dos analistas do Itaú BBA, conforme relatório.
A princípio, a expectativa é de que o Olire não traga tantos impactos nas vendas em farmácias em relação ao Ozempic e o Wegovy, porque a liraglutida é menos eficaz e exige mais aplicações para perda de peso. No entanto, como é mais barato do que os pares, o medicamento pode ampliar o mercado endereçável.
Para o Itaú BBA, o grande divisor de águas para o segmento será o fim da patente do Ozempic no ano que vem. Mesmo em um cenário conservador, sem expansão de mercado, o lucro já teria incremento, enquanto um corte de preços combinado a um aumento de 20% na demanda levaria a um resultado financeiro 11% maior no ano que vem para a RD Saúde.
Os analistas do Citi também estão confiantes de que o resultado da companhia poderá vir melhor do que o esperado no segundo trimestre, com aceleração das vendas, apesar de uma base de preços mais baixa desde abril. O desempenho deve ser impulsionado, segundo o banco, por efeitos sazonais mais brandos, além de um salto de crescimento em todas as categorias de produtos, inclusive higiene e cuidados pessoais.