Negócios
Ações da Eve, da Embraer, despencam em estreia na bolsa de Nova York
Papéis caíam cerca de 17,9%, a US$ 9,3, por volta de 13h00 (horário de Brasília), embora os negócios com as ações da empresa tenham pouca liquidez.
As ações da Eve, subsidiária de mobilidade urbana da fabricante de aeronaves Embraer (EMBR3), tinham forte queda nesta terça-feira (10), na estreia da empresa na Bolsa de Nova York.
Os papéis caíam cerca de 17,9%, a US$ 9,3, por volta de 13h00 (horário de Brasília), embora os negócios com as ações da empresa tenham pouca liquidez.
A Eve, que desenvolve aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOLs) para futura circulação nas cidades, foi listada em Nova York após a conclusão de uma fusão com a empresa de cheque em branco, ou SPAC, Zanite.
Uma SPAC (empresa de aquisição de propósito específico, na sigla em inglês) não tem operações e levanta dinheiro com investidores por meio de uma listagem em bolsa, tendo depois disso um prazo para gastar os recursos em uma fusão com uma companhia operacional.
A Eve levantou US$ 377 milhões no negócio, que serão usados “para acelerar o desenvolvimento, certificação e comercialização das soluções” , segundo a Embraer. A Eve tem uma carteira de pedidos de 1.825 veículos, de 19 clientes.
Na véspera, analistas do Itaú BBA liderados por Thais Cascello escreveram que a conclusão da fusão foi um importante marco para Eve, mas que a companhia foi avaliada em montante superior aos dos pares do setor e os recursos levantados ficaram abaixo do esperado inicialmente.
“Isso significa que a companhia terá que levantar capital novamente antes que os eVTOLs estejam prontos para venda (o que é esperado para 2026). Enquanto acreditamos que os investidores podem ser atraídos à medida que a Eve alcança novos marcos, a dependência de mais injeção de capital eleva o risco do investimento”, escreveram os analistas em relatório a clientes.
Os recursos da transação vieram de Zanite, Embraer e de um consórcio internacional de investidores.
As ações da Embraer caíam 2,3% na bolsa brasileira, a quarta baixa seguida.
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