As ações do IRB Brasil (IRBR3) chegaram a cair quase 40% nesta quarta-feira (4), após divulgação de comunicado da Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, atestando que a empresa não é acionista da resseguradora. No ano, o IRB acumulava desvalorização de mais de 50% no ano.
O comunicado deixa claro: “A Berkshire Hathaway Inc. não é atualmente acionista do IRB, nunca foi uma acionista do IRB e não tem intenção de ser acionista do IRB”. O boato veio à tona na última semana de fevereiro, quando uma matéria do jornal “Estado de S. Paulo” noticiou que a holding havia praticamente triplicado suas participações na resseguradora.
Segundo a mesma publicação, a advogada Márcia Cicarelli, relatada como representante da Berkshire Hathaway no Brasil, teria recebido indicação para compor o conselho fiscal do IRB.
Para explicar a situação, a resseguradora publicou um comunicado na véspera da abertura dos mercados, afirmando que a Berkshire Hathaway nunca foi sua acionista, apesar da indicação da advogada demonstrar aproximação das duas empresas.
Outro fator que causou incerteza quanto à estabilidade do IRB, foi a renúncia do presidente do conselho de administração, Ivan Monteiro, no dia 28 de fevereiro. A saída dele fez com que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentasse questionamentos para a empresa.
Junta-se a todo o imbróglio, a carta da gestora carioca Squadra Investimentos enviada no mês passado o IRB, questionando as práticas contábeis da resseguradora. A gestora reporta indícios de lucros normalizados (recorrentes) significativamente inferiores aos lucros contábeis reportados nas demonstrações financeiras da empresa.