Agosto foi o melhor mês em mais de um ano para a Apple. E, na semana passada, as ações da companhia subiram 3,3%, mas precisou de uma forcinha externa: a decisão da Justiça dos EUA, que permitiu à fabricante do iPhone dar continuidade a um acordo bilionário com o Google.
A menos que haja uma surpresa na divulgação desta terça-feira (9), as ações da Apple parecem ter pouco espaço para novos ganhos, após somarem US$ 450 bilhões em valor de mercado à empresa desde o final de julho.
“É difícil fazer alguma recomendação antes do evento, especialmente após essa alta. Mas não esperamos ver algo que realmente anime os consumidores”, disse Clayton Allison, gestor de portfólio da Prime Capital Investment Advisors. “Se a empresa continuar a tropeçar com a IA, o desempenho das ações será preocupante.”
Na terça (9), a Apple deve apresentar sua linha iPhone 17, que supostamente incluirá uma versão mais fina do aparelho. Versões atualizadas do Apple Watch e do headset Vision Pro também são esperadas.
Novidades farão a Apple crescer?
A questão-chave é se tais atualizações serão suficientes para impulsionar o crescimento da Apple, que há muito tempo está atrás dos concorrentes.
Isso é especialmente importante agora, na ausência de recursos de IA mais avançados e com mudanças significativas esperadas para os próximos anos, incluindo um novo iPhone dobrável em 2026.
A história não está do lado dos otimistas, pelo menos não no curto prazo, já que as ações da Apple costumam cair nos dias seguintes em que a empresa revela seus iPhones mais recentes.
Na era da IA, há um risco adicional.
Se o evento não convencer os investidores de que a empresa está progredindo adequadamente na implantação de novas tecnologias, analistas vão continuar questionando o crescimento morno da companhia.