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A Azul anunciou na noite de quarta-feira (9) que o Tribunal dos Estados Unidos concedeu aprovação final a todas as petições apresentadas durante o segundo dia de audiência relacionada ao processo de reestruturação financeira.

A companhia aérea acrescentou ainda que a aprovação dos pedidos, que já havia sido concedida interinamente na audiência prévia, garante a continuidade do processo. A diretoria da Azul informou que será realizada ao menos mais uma audiência para tratar de aprovações remanescentes.

O pedido, que deve colocar um freio em uma potencial fusão com a Gol, torna a companhia aérea a mais recente de uma série de empresas aéreas latino-americanas a enfrentar o processo de recuperação judicial após a pandemia.

Reviravolta na Azul

Esta foi a mais recente reviravolta na história da Azul, que se tornou uma grande empresa regional depois de ser fundada em 2008 com apenas alguns jatos da Embraer e a ambição de se tornar uma versão local de baixo custo da JetBlue.

Mas, assim como as demais companhias do setor, a companhia aérea foi sobrecarregada durante a pandemia, com o impacto da inflação, as altas taxas de juros e a queda quase total da demanda. O governo não interveio para oferecer auxílio no período, o que contribuiu para o agravo da situação.

Aliado a esse cenário macro, houve ainda como desafio para as empresas aéreas o descompasso entre as receitas em moedas locais e os custos em dólares, incluindo combustível, arrendamento de aeronaves e obrigações de dívida com credores estrangeiros, que as pressionaram.

A iniciativa da Azul segue os passos da Aeroméxico, da colombiana Avianca e de suas duas maiores rivais, Gol e LATAM Airlines, que buscaram recuperação judicial nos últimos anos devido a endividamentos elevados.