Acionistas do Eurasian Resources Group na produtora de minério de ferro Bamin (Bahia Mineração) analisam o interesse de três potenciais investidores na companhia. A informação é do presidente da empresa, Eduardo Ledsham.

Os interessados na Bamin poderiam adquirir uma participação ou a totalidade na mineradora de ferro, que tem projeto de expansão que demandaria cerca de US$ 6 bilhões em investimentos, segundo o executivo.

A expectativa é que um dos investidores seja escolhido para avançar nas negociações e que a definição sobre isso ocorra até o início de 2026, disse a jornalistas o executivo, após participar da abertura do congresso de mineração Exposibram.

Com a definição do novo investidor, Ledsham disse que a Bamin planeja propor ao Ministério dos Transportes que a ferrovia entre em operação em 2031, e não mais em 2027 conforme estava previsto.

Produção da Bamin

A Bamin conta atualmente com a mina Pedra de Ferro, com capacidade de produção para até 2 milhões de toneladas por ano de alto teor (65% de Fe), o ativo está em manutenção desde janeiro.

Mas o projeto completo conta com a conclusão do Porto Sul, em Ilhéus (BA), e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) para ampliar em grande escala a sua produção.

Ledsham disse que a conclusão do projeto ainda demanda investimentos de aproximadamente US$6 bilhões, considerando obras na mina, ferrovia e porto.

Segundo ele, não está ainda definido se o Eurasian Resources Group venderá a sua participação de 100% na Bamin ou se ficará com uma parte.

O executivo evitou dar detalhes sobre quais poderiam ser esses investidores interessados, pontuando apenas que o interesse seria no projeto integrado, de mina, ferrovia e porto.

A mineradora Vale afirmou anteriormente que analisava o projeto, destacando que isso dependeria de uma solução econômica. Ledsham também preferiu não comentar o assunto.

Vale descarta Bamin

Questionado se teria interesse em adquirir a Bamin, o presidente da Vale respondeu que, “como companhia, está sempre olhando todos os projetos de desenvolvimento no Brasil, principalmente no minério de ferro”.

Entretanto, ressaltou que atualmente “tem outras prioridades do ponto de vista de alocação de capital“.

Pimenta também afirmou que vê o mercado de fusões e aquisições global atualmente como desafiador e que acredita que o potencial de criação de valor e crescimento da companhia está no desenvolvimento dos seus próprios corpos minerários.